Você tem predisposição a ser manipulada?

Muitas pessoas que se envolvem em relações abusivas têm a impressão de que elas são colocadas numa posição de submissão unicamente por conta do comportamento despótico do outro.

Cíntia, por exemplo, acredita que só se sentia inferior, indigna e dependente na relação com Fábio por conta da maneira controladora e violenta com que era tratada por ele.

Essa forma de pensar não é completamente equivocada.

De fato, depois que Cíntia terminou o namoro de 5 anos com o rapaz, ela passou a se sentir um pouco mais confiante e sua autoestima teve alguma melhora.

Isso mostra que, realmente, o comportamento abusivo de Fábio era um dos fatores que levavam a moça a ter uma visão tão depreciativa de si mesma.

Por outro lado, considerar que a fonte do sofrimento que essa jovem vivenciava no relacionamento era somente o namorado, nos faz perder de vista outro fator muito importante:

A PREDISPOSIÇÃO de Cíntia. Sim! Veja:

Se essa moça não tivesse uma predisposição a ACEITAR o comportamento abusivo de Fábio, ela não teria conseguido permanecer durante tanto tempo com ele.

Tão logo acontecessem as primeiras manifestações de violência verbal, ela já teria terminado.

— Ah, Lucas, mas sujeitos abusivos costumam ser altamente manipuladores e fazem uma verdadeira lavagem cerebral nas pessoas com quem se relacionam.

Sim, é verdade. Mas não são todas as pessoas que caem nesse processo de “gaslighting”, como dizem os americanos.

Manipuladores só conseguem manipular aqueles que têm predisposição para serem manipulados.

Quando você olha para a história de Cíntia, percebe que as sementes da autoestima baixa, da insegurança e do sentimento de inferioridade foram plantadas quando ela ainda era criança.

A moça só deu conta de ficar 5 anos com Fábio porque o modo como ele a fazia se sentir já lhe era bastante familiar. Ela nunca teve mesmo uma autoimagem muito positiva.

É por isso que a “cura” para pessoas que estão em vínculos abusivos não é simplesmente o término da relação, mas o tratamento dessa PREDISPOSIÇÃO que as levou a aceitarem os abusos.


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Você tem engolido seu parceiro?

Nas últimas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA tenho conversado com os alunos sobre as formas maduras e imaturas de relacionamento amoroso.

Para você que ainda não faz parte da nossa escola, vou explicar o contexto:

Estamos estudando minuciosamente um artigo de Freud chamado “Luto e Melancolia”.

A certa altura do texto, o autor desenvolve a ideia de que haveria na melancolia (depressão grave) uma regressão inconsciente à fase oral do desenvolvimento.

Freud faz essa inferência ao constatar que o sujeito melancólico simbolicamente “engole” a pessoa que provocou sua depressão, identificando-se com ela.

Essa curiosa forma de amar é característica da fase oral.

Nessa etapa do desenvolvimento (0 a 2 anos aproximadamente), o bebê se relaciona com seus objetos de amor querendo comê-los, devorá-los, engoli-los.

O problema é que esse tipo de vínculo implica necessariamente no APAGAMENTO do outro.

De fato, na cabecinha do recém-nascido, ele interage com a versão IMAGINÁRIA do seio materno que devorou e engoliu e não com o seio REAL que permanece do lado de fora.

O bebê só consegue se relacionar dessa forma porque se encontra numa condição ainda muito vulnerável, em que depende integralmente do outro que dele cuida.

Por isso, com medo de ficar sozinho, ele fantasia com a possibilidade de trazer esse outro para dentro de si a fim de eternizar a ligação com ele.

Muitas pessoas adultas, sem perceberem, continuam se relacionando dessa forma tipicamente infantil com seus parceiros amorosos.

Inconscientemente elas ainda estão presas lá na fase oral, enxergando-se como bebês e colocando o parceiro numa posição materna.

Tal como uma criança recém-nascida, encaram a possibilidade de perderem o outro como uma catástrofe insuportável e, por isso, se esforçam para ENGOLI-LO a qualquer custo.

Muitas relações abusivas, inclusive, só se mantêm porque o “abusado” está preso a essa forma imatura de amar.

Fixado à fase oral, o sujeito acha que não dará conta de viver sem o outro e, assim, acaba engolindo o parceiro e seus abusos ao invés de colocar um ponto final naquele vínculo tóxico.


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[Vídeo] Como sair de um relacionamento abusivo

Para uma existir uma relação abusiva ENTRE ADULTOS, precisa haver sempre um abusador e uma pessoa QUE SE DEIXA ABUSAR.


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Quando a gente se acostuma à posição de vítima


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Você passa pano para o outro a fim de não se sentir rejeitado?


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[Vídeo] Até quando você vai esperar essa pessoa mudar?

O relacionamento está péssimo. Você não se sente bem ao lado dessa pessoa. Todavia, mantém o vínculo na esperança de que chegará o dia em que ela vai mudar. Você se identificou com essa descrição? Então, assista ao vídeo.


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[Vídeo] Exija respeito e não se deixe abusar

Uma das razões que levam algumas pessoas a se manterem presas a relações abusivas é a falta de reconhecimento do próprio valor intrínseco.


LINK PARA SE CADASTRAR NO EVENTO GRATUITO E EXCLUSIVO “O QUE UM PSICANALISTA FAZ?” – 13/06, 20h – https://lucasnapolipsicanalista.kpages.online/comunidade-confraria-analitica

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Não fique esperando essa pessoa mudar!

Em uma de suas cartas para a comunidade cristã de Corinto, Paulo de Tarso escreveu o seguinte:

“Você, mulher, como sabe se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher?”.

Com tais perguntas retóricas, o ex-fariseu estava exortando homens e mulheres recém-convertidos ao Cristianismo a não ficarem insistindo em querer se manter casados com parceiros descrentes que desejassem se separar.

É como se Paulo estivesse dizendo mais ou menos assim:

“Minha filha, se seu marido não aceita sua conversão e quer se separar de você, deixe-o ir embora. Você não tem como saber se algum dia ele vai pensar diferente.”

Trata-se, evidentemente, de um sábio conselho.

Mas não pense que ele vale apenas para aquele contexto religioso específico.

A esperança de que a pessoa com quem nos relacionamos um dia vai mudar é um dos principais fatores que nos mantém presos a vínculos doentios.

“Meu pai me trata com indiferença, mas eu sei que, no fundo, ele morre de amores por mim. Por isso, vou continuar me relacionando com ele e aceitando ser tratada que nem lixo. Minhas demonstrações de afeto vão acabar fazendo ele mudar.”

Aham. Confia…

“Minha namorada nunca me apoia. Está sempre me acusando e me humilhando na frente dos amigos. Mas eu sei que ela só faz isso porque tem traumas do relacionamento anterior. Um dia eu a convencerei a fazer terapia e aí ela vai mudar. Eu sei que tem um filé mignon escondido por trás dessa carne de pescoço…”

Ora, se um dos principais nomes de uma religião centrada na experiência da FÉ disse para seus discípulos NÃO CONFIAREM na possibilidade de mudança em seus parceiros descrentes, você tem certeza de que vale a pena permanecer num relacionamento ruim em função da expectativa de transformação do outro?

Geralmente, pessoas que nutrem esse tipo de vã esperança são aquelas que, na infância, tiveram o azar de conviverem com pais e/ou mães não muito legais.

Diferentemente do adulto, a criança não pode simplesmente dizer: “Você é uma mãe péssima. Não quero mais viver com você. Estamos terminados.”

Não. Ela é obrigada a ficar ali, aguentando os maus tratos.

Assim, só lhe resta… esperar que o outro mude.


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Talvez você não saiba que pode EXIGIR respeito

Uma das razões que levam algumas pessoas a se manterem presas a relações abusivas é a falta de reconhecimento do próprio valor intrínseco.

Parece papo de auto-ajuda, né?

Dane-se!

Prefiro que algumas de minhas contribuições pareçam auto-ajuda, mas EFETIVAMENTE ajudem pessoas em sofrimento do que ficar posando de intelectualzão erudito que apenas quer gozar narcisicamente com seu saber vazio e inútil.

Dito isso, voltemos ao assunto do texto.

Quando eu falo de vínculos abusivos, não me refiro apenas a relações amorosas, mas também a laços familiares, de amizade e de trabalho.

Entre os vários fatores que podem fazer uma pessoa SE DEIXAR ABUSAR pelo outro, um deles é a incapacidade que alguns indivíduos têm de EXIGIREM RESPEITO.

Geralmente, essas pessoas confundem o reconhecimento do próprio valor intrínseco com vaidade e egoísmo.

Elas acreditam que, se deixarem de colocar os interesses do outro em primeiro lugar, tornar-se-ão mesquinhas, arrogantes e soberbas.

Essa confusão é muito comum na cabeça daqueles que conviveram na infância com pais que, DE FATO, eram egocêntricos e autoritários.

Como pais desse tipo não conseguem dar todo o amor e validação que a criança precisa (afinal, só pensam nos próprios interesses), os filhos não olham para essas figuras parentais com admiração.

Pelo contrário: a criança as toma como exemplos do que ela NÃO QUER SER.

Afinal, pais assim geralmente tratam seus filhos de forma excessivamente castradora, intimidadora ou com indiferença.

E é aí que se forma a confusão!

Como o exemplo que o sujeito teve de ALGUÉM QUE SE PRIOPRIZA foi o desse pai ou mãe egocêntrico(a) e autoritário(a), na cabeça da pessoa a ideia de RECONHECER O PRÓPRIO VALOR passa a estar diretamente ligada a… egocentrismo, autoritarismo, arrogância etc. — características que ela não quer ter jamais!

Nesses casos, um dos objetivos de um bom processo psicoterapêutico deve ser o de ajudar o sujeito a desfazer esse mal-entendido.

RECONHECER O PRÓPRIO VALOR INTRÍNSECO não é ser narcisista ou vaidoso, mas simplesmente admitir o fato óbvio de que NINGUÉM tem o direito de nos desrespeitar — não por aquilo que fazemos ou temos, mas pelo simples fato de existirmos.


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[Vídeo novo] Pessoas que não se respeitam: psicanalista explica

Você não consegue sair de relações nas quais é abusado, humilhado ou desrespeitado? Está sempre colocando o interesse dos outros acima dos seus? Então, assista a este vídeo.

Vem aí a CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise a sério. A aula inaugural, 100% gratuita, será segunda-feira, dia 01/02, às 20h neste link: https://youtu.be/0qILo26G7zs

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[Vídeo] Relacionamentos abusivos: SAIA DA POSIÇÃO DE VÍTIMA! – Lucas Nápoli

“Enquanto tiver cavalo, São Jorge não anda a pé”. Enquanto você consentir em ser abusado, o outro continuará mantendo o padrão de opressão e coerção no relacionamento. Para sair de uma relação abusiva, você precisará ser capaz de assumir a responsabilidade por SE DEIXAR ABUSAR e compreender os motivos pelos quais se submete à opressão. Assista ao vídeo e entenda isso em detalhes.

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