Você está doente para se proteger

Há uma coisa que você PRECISA saber e que talvez nenhum profissional de saúde mental tenha lhe falado até hoje:

Seus problemas emocionais existem para PROTEGÊ-LO.

Sim! Seus episódios depressivos, suas crises de ansiedade, seus pensamentos negativos, sua compulsão alimentar… Tudo isso existe para proteger você.

Eu sei que tal afirmação parece absurda, mas fique tranquilo que vou demonstrá-la.

Primeiramente, você precisa reconhecer dois fatos indiscutíveis:

(1) Todos nós somos seres contraditórios, no sentido de que temos muitas inclinações diferentes, que frequentemente se opõem umas às outras.

(2) Não temos consciência de todas essas inclinações e, portanto, não estamos plenamente conscientes de todos os possíveis conflitos entre elas.

Admitidas essas duas realidades, podemos continuar nossa demonstração:

Essas contradições internas (por exemplo: entre o amor e o ódio que você tem por uma pessoa) geram uma emoção extremamente desagradável: a ANGÚSTIA.

Quando estamos fortes psiquicamente, conseguimos tolerar a angústia e, consequentemente, o conflito que a produz.

Porém, quando nos encontramos num estado de fragilidade emocional, a angústia se apresenta como algo insuportável.

E aí, para evitar o surgimento dela, precisamos empregar defesas psíquicas contra o conflito que a desencadeia.

Pois bem! Nossos sintomas são justamente a EXPRESSÃO VISÍVEL dessas defesas.

— Mas, Lucas, eu não me percebo utilizando defesa nenhuma e também não consigo enxergar nenhum desses conflitos de que você está falando.

OK, mas você lembra que admitiu agora há pouco que nós nem sempre estamos conscientes de nossas inclinações e de possíveis conflitos entre elas?

Na maioria das vezes, todo esse processo que descrevi (conflito -> angústia -> defesas -> adoecimento) acontece inconscientemente.

E é justamente por isso que, para tratar seus problemas emocionais, você precisa de um método terapêutico que lhe permita enxergar essa mecânica inconsciente.

Felizmente, esse método já foi inventado.

Há mais de 100 anos.

O nome dele é Psicanálise.

[Vídeo] As raízes de nossos problemas emocionais


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Por que não adianta só tratar o sintoma?

Na Psicanálise, nós não traçamos como objetivo primário do tratamento a remoção de sintomas e inibições, mas a elaboração de fantasias e angústias.

SINTOMA é aquilo que você faz (ou que se faz em você), mas que não queria que acontecesse. Por exemplo: permanecer num relacionamento tóxico.

INIBIÇÃO é aquilo que você não consegue (ou não se permite) fazer, mas queria. Por exemplo: não ser capaz de fazer apresentações em público.

Sintomas e inibições são expressões visíveis de FANTASIAS — as quais podem ser mais ou menos conscientes.

As fantasias, por sua vez, são construções imaginárias que surgem em nós como forma de proteção contra a ANGÚSTIA.

Vejamos o exemplo de Beatriz, uma moça de 24 anos que não se sentia suficientemente amada pelo pai na infância.

Para se proteger da angústia gerada por essa frustração, ela construiu a fantasia de que conquistaria o amor paterno se fosse obediente e submissa, como a mãe.

Não adiantou nada.

Mesmo sendo boazinha e dócil, Beatriz continuou se sentindo pouco amada pelo pai.

Por isso, na adolescência, acabou transferindo inconscientemente a fantasia para a relação com Valmir, seu primeiro namorado, um sujeito ciumento e muito violento.

Apesar de agredir verbalmente a moça e traí-la diversas vezes, o rapaz nunca quis terminar o namoro.

— Eu nunca vou te deixar, Bia.

Beatriz interpretava inconscientemente isso como sinal de que era verdadeiramente amada por Valmir e, por isso, não conseguia terminar com ele.

Percebeu?

A FANTASIA de conquistar o amor paterno pela via da submissão materna era o que estava na raiz do SINTOMA da moça (permanência num relacionamento tóxico).

Se Beatriz simplesmente rompesse com o namorado sem atravessar essa fantasia, ela se sentiria extremamente angustiada e insegura.

E aí, para se proteger, provavelmente transferiria a fantasia para outra pessoa, dando início a mais um ciclo de dependência emocional.

Moral da história:

Como psicanalistas, nossa luta não é contra sintomas e inibições.

Mas, sim, contra as fantasias e angústias encobertas no mundo interno de nossos pacientes — porque é ali que a verdadeira mudança acontece.


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[Vídeo] Retorno do recalcado: entenda como funciona


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[Vídeo] A sexualidade não se reduz à cama


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[Vídeo] Não queremos abandonar nossos sintomas

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[Vídeo] Por que não é saudável manter desejos no Inconsciente?


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Entenda a diferença entre ganho primário e ganho secundário

A expressão “ganho secundário” está na boca do povo.

Ela acabou se disseminando em função de seu uso no campo médico e muita gente a emprega sem saber que se trata de um conceito psicanalítico.

O problema é que, frequentemente, o termo é utilizado de forma equivocada, pois as pessoas não prestam a devida atenção ao adjetivo “secundário”.

Ora, se eu qualifico certos ganhos como SECUNDÁRIOS, é justamente para diferenciá-los de outros ganhos que são… PRIMÁRIOS, concorda?

Isso deveria ser óbvio, mas é impressionante a quantidade de gente, mesmo no campo psicanalítico, que ignora completamente o conceito de “ganho primário”.

Se esse é o seu caso, vamos lá. Eu vou te explicar.

Do ponto de vista psicanalítico, todo problema emocional (todo!) é ÚTIL para a pessoa que o desenvolve.

Por quê?

Porque ele “resolve” determinadas questões internas que levam o sujeito a experimentar uma angústia insuportável.

Eu coloquei a palavra RESOLVE entre aspas porque não se trata de uma resolução no sentido mais apropriado do termo.

O sintoma “resolve” questões internas do sujeito assim como uma fita adesiva “resolve” a haste quebrada dos seus óculos.

Ou seja, é só uma gambiarra.

Mas, como toda gambiarra, FUNCIONA.

Pois bem, meus caros, isto é o ganho PRIMÁRIO: o benefício direto que o sujeito obtém com seus sintomas em relação a suas questões internas mal resolvidas.

A postura exageradamente passiva de Bruna, por exemplo, proporciona a ela o ganho primário de evitar fazer o doloroso contato com seus impulsos agressivos.

E o ganho secundário, Lucas? Qual a diferença?

Os ganhos secundários são as vantagens INDIRETAS que o problema emocional fornece à pessoa na sua relação com os outros e com o mundo de forma geral.

Bruna, por exemplo, sempre foi bastante elogiada pela família e por seus professores por ser quietinha, certinha e nunca dar trabalho.

Entendeu?

Uma boa forma de memorizar a diferença é pensar assim:

O ganho primário é a vantagem INTERNA que os problemas emocionais proporcionam.

Já os ganhos secundários são os benefícios EXTERNOS gerados pelos sintomas.


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Não lute contra si mesmo. Nessa guerra, você sempre vai sair perdendo.

Existem alguns conceitos psicanalíticos que, por refletirem a experiência humana com muita precisão, acabam sendo incorporados ao senso comum.

Um deles é a noção de DEFESA.

Freud formulou esse conceito lá no final do século XIX para explicar o que lhe parecia estar na gênese de certas formas de adoecimento psíquico.

Seguindo a trilha indicada pelo discurso de seus pacientes, o pai da Psicanálise percebeu que havia na mente de todos eles um profundo CONFLITO.

Conflito entre o que almejavam ser e o que verdadeiramente eram ou, dito de outra forma, entre seus ideais e seus desejos.

Freud percebeu que a doença da qual padecia o paciente era justamente o DESFECHO desse conflito.

Afinal, o paciente ficava do lado dos ideais e virava as costas para seus desejos.

Resultado: os desejos se rebelavam e se expressavam à revelia da vontade do sujeito por meio da doença.

Essa constatação levou Freud a postular a tese de que as neuroses são causadas essencialmente por um processo de… DEFESA:

O paciente adoece porque SE DEFENDE dos próprios desejos.

Hoje em dia essa ideia já não provoca reações de espanto.

A popularização do discurso psicanalítico nos tornou habituados à noção de defesa como um mecanismo que frequentemente utilizamos em relação a nós mesmos.

Por razões ligadas à nossa história de vida, podemos encarar certas partes de quem somos como coisas perigosas, ameaçadoras, desestabilizadoras.

Assim, adotamos uma postura “autoimune”: desperdiçamos energia construindo barreiras de proteção contra nós mesmos.

Às vezes, elas são resistentes e “funcionam” até bem, pois nos colocam em conformidade com imperativos sociais, culturais, econômicos, morais…

O problema é que a vida fica sem graça, entediante e com aquele mal-estar difuso que sinaliza a presença potente e intensa dos desejos contidos.

Em outros casos, as barreiras de defesa são mais frágeis e não suportam a força impetuosa do desejo.

E aí o sujeito é obrigado a recorrer à doença — último recurso para evitar olhar para essa parte de si mesmo que ele insiste em querer extirpar.


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[Vídeo] 4 formas de expressão do Inconsciente


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Há sintomas que a gente precisa aprender a amar

Quando procuramos terapia, temos a tendência de avaliar todos os comportamentos que nos fazem sofrer como necessariamente patológicos.

No entanto, algumas condutas podem ser fonte de sofrimento não porque sejam de fato doentias, mas por conta da maneira como nos relacionamos com elas.

Uma moça muito religiosa, por exemplo, pode procurar análise por se sentir aflita e culpada em função dos impulsos eróticos que sente por outras mulheres.

Por conta de sua história de vida, é natural que essa paciente deseje se livrar desses desejos.

No entanto, em terapia, ela verá que tais inclinações não são em si mesmas patológicas e que seu sofrimento decorre, na verdade, da autocondenação por experimentá-las.

Perceba: nesses casos, o terapeuta não ajuda a paciente a parar de se comportar da forma como se comporta, mas a mudar seu olhar sobre a própria experiência.

Outro exemplo: João procura terapia porque alguns familiares lhe disseram que ele gosta sempre de estar no controle e que essa é uma atitude que o rapaz deveria mudar.

Todavia, foi graças ao desejo de querer estar sempre no controle que esse paciente conseguiu uma rápida escalada em sua carreira no mundo corporativo.

Desde que era estagiário, João sempre assumiu naturalmente uma posição de liderança entre os seus colegas justamente por não se sentir à vontade estando sob o controle de outras pessoas.

Em terapia, o rapaz constatou que a tendência controladora não era uma característica que ele deveria necessariamente perder, mas tão-somente “domesticar” para não manifestá-la em excesso.

Diferentemente de outros métodos terapêuticos, na Psicanálise nós não queremos encaixar o paciente em um suposto molde universal de saúde mental.

Por isso, quando alguém nos procura, não impomos a ele uma listinha de comportamentos patológicos a serem extirpados e comportamentos saudáveis a serem desenvolvidos.

No decorrer de uma análise, há sintomas que a gente perde (porque não nos servem para nada mesmo), mas há outros com os quais a gente aprende não só a conviver, mas também a amar.


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De onde vêm as manchas de Larissa?

Era por volta de 14h quando Larissa iniciou a chamada de vídeo com Davi, o psicanalista que lhe foi recomendado por sua dermatologista.

Com um sorriso simpático, o terapeuta dá as boas-vindas à jovem e lhe pede que descreva os motivos que a levaram a procurar ajuda.

— Na verdade, eu vim por recomendação da minha dermatologista, a Gabriela. Ela me falou para te procurar porque acha que o problema que eu tenho na pele tem causa emocional.

— E como é esse problema, Larissa?

— São essas manchinhas vermelhas, tá vendo? — a paciente coloca o dorso da mão esquerda diante da câmera do celular — Tem nas mãos, nas pernas, no corpo todo…

— E quando foi que elas começaram a aparecer? — pergunta Davi.

— Tem umas três semanas mais ou menos. Começou na mão direita e depois foi se espalhando. O pior é que tem hora que coça muito. Então, eu não consigo ficar em paz.

— Hum… E aconteceu alguma coisa há três semanas que também TIROU A SUA PAZ? — o terapeuta enfatiza o final da frase para evidenciar a ligação com o que a paciente havia dito.

— Na verdade, antes desse problema aparecer eu já estava me sentindo muito ansiosa. Mas não me pergunte o porquê.

— Motivo tem… — provoca Davi.

— Eu comecei a namorar… — falou num tom de voz mais baixo, desviando os olhos da câmera.

— Vixe! Agora é o seu rosto que está manchado de vermelho! — exclamou o terapeuta de forma brincalhona.

A paciente se divertiu com a pontuação de Davi e acabou ficando à vontade para falar do namoro.

Larissa disse que a relação com Rafael era ótima, mas que ainda não haviam tido relação sexual.

— Toda vez que a gente fica sozinho, ele fica me perturbando para a gente fazer, mas eu não quero que ele me veja como uma mulher fácil. Não vou manchar meu nome.

— “MANCHAR meu nome”… “MANCHAR…”. Então, o Rafael é a outra coisa que anda tirando sua paz, né?

Com essa intervenção, Davi está apontando para uma provável conexão entre o surgimento dos sintomas de Larissa e esse momento de impasse na vida sexual da paciente.

Ainda hoje (sexta), quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá a aula especial “O que provoca o surgimento de um quadro neurótico?” que trata justamente desse tipo de conexão.


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Como identificar um paciente neurótico?

A rigor, poderíamos dizer que cada pessoa que nos procura na clínica vivencia uma modalidade particular de sofrimento emocional.

Por outro lado, quando comparadas entre si, essas diferentes formas de adoecimento psíquico podem apresentam traços comuns, muitas vezes até idênticos.

É isso o que nos permite agrupá-las em certas categorias mais ou menos abrangentes.

A neurose foi a primeira dessas categorias a interessar à Psicanálise.

Na verdade, foi buscando encontrar um tratamento eficaz para as neuroses e investigando a gênese dessas formas de adoecimento que Freud inventou a terapia psicanalítica.

É por isso que conceitos fundamentais da Psicanálise como inconsciente, pulsão, recalque etc. derivam diretamente da experiência clínica de Freud com pacientes neuróticos.

Se o primeiro contato de Freud tivesse sido com pacientes não neuróticos, provavelmente os fundamentos teóricos e técnicos da Psicanálise seriam outros.

Mas o que caracteriza a neurose?

Um dos indícios mais confiáveis de que estamos diante de um paciente neurótico é uma verbalização que denota a presença de um conflito psíquico.

— Doutor, eu não consigo deixar de fazer (pensar ou desejar) tal coisa.

— Doutor, eu queria muito fazer (pensar ou desejar) tal coisa, mas não consigo.

Essas são duas estruturas típicas de uma queixa neurótica.

No primeiro caso, temos a descrição de um sintoma. No segundo, o relato de uma inibição.

Ambos evidenciam a existência de uma divisão no sujeito: o que ele conscientemente quer (ou não quer) se contrapõe ao que efetivamente faz (ou deixa de fazer).

Ora, essa situação conflituosa evidencia que o neurótico não sabe DE FATO o que quer, ou seja, que, na verdade, ele tem OUTROS desejos… INconscientes.

Mas por que esses desejos estão inconscientes? Por que o sujeito não os reconhece?

Porque eles entram em choque com a imagem idealizada (também inconsciente) que o neurótico quer ter de si.

Em nome da conservação dessa imagem, o sujeito reprime certos desejos e, para se proteger do reaparecimento deles, sofre com sintomas, inibições e ansiedade.

Um cenário muito distinto é o que observamos na clínica da não neurose.

Mas isso é assunto para outra hora. 😉


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[Vídeo] Algozes de nós mesmos

Para a Psicanálise, os sintomas só são considerados comportamentos desadaptativos se adotarmos o ponto de vista da consciência e do ego. Do ponto de vista do inconsciente, nossos problemas emocionais são altamente FUNCIONAIS.


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[Vídeo] Ganhos secundários

Esta é uma pequena fatia da aula especial “O desejo à flor da pele: um olhar psicanalítico para as lesões dermatológicas”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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