1. EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE PSICOTERAPIA, que utilizam métodos e teorias distintos. Eu, por exemplo, trabalho com a psicoterapia de orientação psicanalítica, mas existem terapeutas comportamentais, cognitivo-comportamentais, humanistas, existencialistas etc. Procure saber que orientação teórico-metodológica o seu terapeuta adota.
2. TERAPEUTA NÃO É MÉDICO. Não espere sair das sessões com uma “receita” de como viver melhor.
3. TERAPEUTA NÃO É PROFETA. Esforce-se para explicar com a maior riqueza de detalhes possível suas dificuldades e problemas.
4. TERAPEUTA NÃO É GURU. Não inicie uma terapia em busca de conselhos sobre decisões a serem tomadas. O terapeuta lhe ajudará a discernir as origens de seu sofrimento e as possíveis implicações de suas escolhas, mas a responsabilidade pelas decisões permanece sendo sua.
5. TERAPIA NÃO É UMA SIMPLES CONVERSA. Ao iniciar um processo terapêutico, você está estabelecendo uma parceria de trabalho com um profissional. Isso mesmo: vocês estão ali para trabalhar! Nesse sentido, você não deve encarar as sessões apenas como oportunidades para “desabafar” ou “ter com quem conversar”.
6. NÃO ESPERE MUDANÇAS RÁPIDAS. Isso pode acontecer, mas não é a regra. Problemas de natureza emocional são infinitamente mais complexos do que doenças físicas. Não existem medicamentos para os males da alma como há para alguns males do corpo. Por isso, saiba que a terapia será um tratamento relativamente longo e as mudanças acontecerão de forma gradativa.
7. NÃO DESANIME. Ao longo da terapia haverá momentos em que parece que “nada acontece”. Você se sentirá tentado a abandonar o processo terapêutico. Resista e persevere. Algumas pesquisas mostram que um dos principais motores do tratamento é o vínculo entre terapeuta e paciente. Portanto, não se preocupe se durante algumas sessões não surgir nenhuma “descoberta” nova. A simples continuidade do processo é, em si mesma, terapêutica.
Este texto foi publicado originalmente em minha página no Facebook no dia 16/09/2015.
Olá Lucas.
Muito verdade! Falando da psicanálise em especial, as vezes parece demorar até que alcancemos determinada descoberta em relação a nós, mas acredito que isso ocorre, porque os nossos maiores sofrimentos possuem várias camadas, essas quais, caberá ao analista e ao paciente trabalhem juntos para a retiradas de cada uma delas. Penso que esse processo é fascinante porque mais descobertas aparecem, inclusive aquela que lutavamos tanto para encontrar o motivo a um tempo atrás, onde tudo parecia não fazer sentido.
Abraços
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Olá Lucas!
É um prazer poder ter acesso ás informações contidas neste blog, sinto-me privilegiada.
Faço análise há 3 anos, cada uma delas me deixa despedaçada, mas, com isso tento juntar meus pedaços e construir uma nova Kátia diferente.
Sei tudo o que se passa na minha cabeça ( de maneira prática), e o que acontece quando me comporto de tal maneira.
Mas, sendo um tanto ousada, gostaria de perguntar por que é tão difícil mudar, se a gente sabe o que fazer, e que tendo tais atitudes teremos bem-estar.
Grata,
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Olá Cláudia! Muito obrigado pelo comentário! As razões que tornam as mudanças difíceis são múltiplas e singulares, mas geralmente estão associadas às fantasias nas quais se baseia nosso sofrimento. Inconscientemente, podemos encarar uma mudança como perda de satisfação ou como perigo, por exemplo. Dito de outra forma: nossa dimensão adulta, racional e madura encara a mudança como benéfica, mas a dimensão infantil que continua vivendo em nós quer que as coisas continuem do jeito que estão, pois teme mudar. A terapia psicanalítica é, essencialmente, uma tentativa de convencer essa criança em nós de que não há perigo na mudança.
Um abraço!
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