
Inveja não significa apenas cobiçar o que o outro tem, mas desejar que o outro perca aquilo que tem e que você deseja possuir.
O invejoso geralmente sofre de ressentimento.
Por trás de sua inveja existe a dor de saber que lhe falta o que existe em abundância na pessoa invejada.
Para se defender dessa ferida narcísica, ele ataca o outro (mesmo que apenas em pensamento) na esperança de que o invejado perca o objeto ou atributo que tanto deseja.
A lógica do pensamento do invejoso é mesquinha:
“Se eu não tenho, ninguém não pode ter”.
Afinal, se o outro não tiver, ele não estará em falta sozinho.
O invejoso anseia pela democratização da impotência!
Ele não quer se esforçar e trabalhar para eventualmente conquistar aquilo que tanto inveja no outro.
Não! Se assim o fizesse, precisaria admitir para si mesmo que ADMIRA o invejado, mas ele não dá conta de fazer isso.
Como bom ressentido, o invejoso desdenha das uvas que não consegue alcançar.
Ele mente para si mesmo dizendo que elas estão verdes para não ter que reconhecer que morre de vontade de possuí-las.
É por isso que dificilmente um invejoso se confessa como tal.
Ele sempre tentará esconder sua dor de cotovelo por trás da imagem de um crítico isento:
“Não tenho inveja, não, Deus me livre! Só estou analisando a situação…” 🙄
A cura para os invejosos seria admitir sua condição de admiradores e procurar discernir as razões que os levam a desejar tanto aquilo que o outro possui.
É uma pena que a maioria deles não esteja disposta a fazer esse sacrifício narcísico.
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
➤ Adquira o meu ebook “Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática”
➤ Adquira o meu ebook “O que um psicanalista faz?”