
Freud costumava dizer que a análise deveria acontecer numa condição de “abstinência”.
Na prática, isso significa que o analista deveria manter o paciente num estado de permanente… desconforto.
Isso mesmo: desconforto.
Mas antes que venha alguém acusar o pai da Psicanálise de sadismo, deixe-me explicar o motivo pelo qual ele defendia isso.
Freud acreditava que se a análise fosse uma experiência muito tranquila, confortável e satisfatória, o paciente não se engajaria no processo terapêutico.
Ele ficaria ali falando, falando, falando, usufruindo da companhia agradável do terapeuta e não sairia do lugar.
Por isso, o médico vienense recomendava justamente que os analistas não fossem companhias muito agradáveis…
Um paciente insatisfeito, pensava Freud, “trabalha” mais na análise do que aquele para quem as sessões são momentos de puro deleite.
De fato, gente, nós não podemos deixar nossos pacientes numa “zona de conforto”.
Nossa presença precisa ser SUFICIENTEMENTE incômoda para provocá-los e incitá-los a fazer contato com os conteúdos de seu Inconsciente.
O problema é que, às vezes, a simples postura mais reservada e profissional do analista não é suficiente para mobilizar o sujeito e perturbar suas resistências.
Eventualmente, é preciso que o terapeuta convide o paciente a SE MEXER em algumas áreas de sua vida a fim de levá-lo a sair da zona de conforto.
Foi essa a conclusão a que o psicanalisa húngaro Sándor Ferenczi chegou quando propôs a chamada “técnica ativa”.
Trata-se de um procedimento que consiste em recomendar ao paciente que faça ou deixe de fazer certas coisas a fim de estimular a manifestação do Inconsciente.
Na AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA, eu explico (com exemplos) em que momentos a técnica ativa pode ser utilizada e de que forma deve ser aplicada.
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