[Vídeo] Mães que rivalizam com suas filhas

Esta é uma pequena fatia da aula especial “A transferência na relação entre pais e filhos”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.

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A mulher que transferiu para o filho o desejo edipiano pelo pai

Em 1933, a psicanalista alemã radicada nos EUA Karen Horney escreveu um artigo intitulado “Maternal Conflicts” (“Conflitos Maternos”).

Nele, Horney apresenta o caso clínico de uma professora casada, de 40 anos, que a havia procurado inicialmente para tratar-se de uma depressão moderada.

Com a análise, a paciente conseguiu sair do quadro depressivo, mas acabou retornando ao consultório da analista cinco anos depois, desta vez por outro motivo.

A professora disse que vinha se sentindo culpada porque alguns de seus alunos estavam ficando apaixonados por ela e a docente achava que poderia estar provocando essa reação.

Não só isso: ela havia se apaixonado por um daqueles alunos, um rapaz que tinha praticamente a metade da sua idade.

O detalhe é que tanto esse jovem quanto os outros alunos pelos quais ela reconheceu que havia se interessado antes dele portavam algumas características comuns:

Todos eles tinham traços físicos e comportamentais parecidos com o pai da paciente e, em alguns dos sonhos dela, os alunos e o genitor frequentemente apareciam como sendo uma mesma pessoa.

Assim, Horney concluiu que a paixão pelo rapaz tinha um forte componente transferencial: a paciente estava deslocando para o garoto os desejos infantis reprimidos pelo pai.

Mas o caráter inusitado dessa história não para por aí:

A analista observou que o aluno por quem a professora se apaixonara estava na mesma faixa etária do filho dela, com o qual tinha uma relação de apego extremamente sufocante e exagerada.

Com base nessa constatação e em outros elementos do caso, Horney fez uma descoberta surpreendente:

Na verdade, antes de transferir para o rapaz o desejo infantil que ela ainda conservava pelo pai, a paciente vinha satisfazendo esse anseio incestuoso na relação com o próprio filho!

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma AULA ESPECIAL em que comento detalhadamente esse artigo de Karen Horney.

Veremos como a presença de um processo transferencial como esse, de uma mãe para o filho, pode perturbar a relação entre eles, trazendo consequências bastante indesejáveis.

A aula já está disponível na nossa plataforma! O título dela é “AULA ESPECIAL – A transferência na relação entre pais e filhos” e está publicada no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS“.


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Um jovem obsessivo carente de pai

Antônio está no início da vida adulta e procura terapia queixando-se de estar infeliz no trabalho, de se m4sturb4r em excesso e, principalmente, da posição que ocupa em seu núcleo familiar.

Com efeito, desde o fim da adolescência, o rapaz assumiu a responsabilidade de dividir as contas de casa com a mãe e hoje sofre imaginando que terá que cuidar da genitora pelo resto da vida.

O mal-estar que Antônio vivencia no trabalho decorre das brincadeiras que colegas mais velhos fazem com ele, que o levam se sentir humilhado.

De fato, o jovem não possui autoestima e autoconfiança suficientes para se contrapor aos companheiros ou encarar as piadas deles com bom humor.

Antônio não se percebe como um homem atraente e teme não conseguir arrumar uma namorada. Por isso, cogita a possibilidade de contratar acompanhantes para se satisfazer s3xu4lmente.

Quando ainda era bebê, o pai e a mãe se separaram e, posteriormente, o jovem só visitou o genitor pouquíssimas vezes, de modo que a relação entre eles praticamente nunca existiu.

Por outro lado, Antônio guarda na memória certos traços da figura paterna que formam a imagem de um pai fraco, imaturo e emocionalmente instável.

Imaturidade e fragilidade emocional também são características marcantes de sua mãe…

Inseguro, pessimista em relação ao próprio futuro e perdido no labirinto de sua neurose, o rapaz frequentemente demanda orientações e, sobretudo, AUTORIZAÇÕES a sua terapeuta.

Como compreender a gênese da postura autodepreciativa e derrotista de Antônio?

O que está em jogo na relação de dependência que parece existir entre ele e a mãe?

Por que esse jovem parece se apresentar a sua analista como uma criança carente de orientação e permissão para desejar?

Essas e outras questões são discutidas por mim na AULA ESPECIAL “Um jovem obsessivo carente de pai”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.

Esta é a primeira aula do nosso novo módulo de aulas especiais “Estudos de Casos”, em que comento casos clínicos reais como o de Antônio, relatados por alunos da nossa escola.


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[Vídeo] Interesse por homens “proibidos”

Esta é uma pequena fatia da aula especial “COMPLEXO DE ÉDIPO MAL RESOLVIDO”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Problemas com autoridade e complexo de Édipo

— … e agora, não sei por que, passei a me sentir meio intimidado para conversar com ele, sabe?

Quem está falando é Geovane, um administrador de 26 anos que está há 4 meses em análise com a psicóloga Lavínia.

Recentemente, um de seus colegas de serviço aceitou o convite para se tornar gerente do setor em que Geovane trabalha.

É sobre a relação com esse colega que o rapaz está falando com Lavínia.

— Antes de ele virar gerente, você tinha que ver: a gente se zoava, brincava, eu conversava com ele de boa. Agora mudou tudo!

— Foi só você quem mudou ou ele também? — pergunta a psicóloga.

— Bem… Eu acho que fui mais eu mesmo. Ele até continua tentando brincar comigo, me chama para ir nos churrascos na casa dele, mas eu acabo ficando meio acanhado, sei lá…

— “Acanhado”?

Geovane continua, num tom bem-humorado:

— É…Agora, quando a gente vai conversar, parece que eu tô falando com o meu pai…

— Hum… Continue… — diz a terapeuta — essa história tá ficando interessante…

— Eu sempre me senti intimidado para conversar com meu pai. Ele é daqueles caras muito sérios, sabe? Bravo, de poucas palavras…

— E como era a relação entre ele e a sua mãe?

— Eles não eram muito de brigar, mas era cada um no seu canto. Meu pai com os jornais que ele adorava ler e minha mãe se divertindo comigo.

— “Se divertindo com VOCÊ?” — indagou a terapeuta enfatizando a última palavra.

— Isso. Até hoje tenho a impressão de que eu era a alegria da vida da minha mãe. Se eu não tivesse nascido, acho que ela não teria suportado ficar casada com um cara tão chato como o meu pai.

— Mas hoje você não mora mais com ela e eles continuam juntos…

— Pois é… Não consigo entender isso. Minha mãe merecia um cara muito melhor do lado dela.

— Tipo você, assim? — brincou Lavínia, encerrando a sessão.

Como você pôde perceber, Geovane transferiu a rivalidade inconsciente com o pai para a relação com seu colega de trabalho, pois esse passou a exercer um papel de autoridade junto ao rapaz.

Dificuldade de se relacionar com autoridades é um dos sinais que podem indicar a existência de um complexo de Édipo mal resolvido — tema da AULA ESPECIAL de hoje na CONFRARIA ANALÍTICA.

A aula estará disponível ainda hoje no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS”. Para assinar a Confraria, é só clicar aqui.


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[Vídeo] Psicanalista explica o “dedo podre”

Neste vídeo, o Dr. Nápoli apresenta duas hipóteses psicanalíticas que nos ajudam a entender a tendência que algumas pessoas têm de repetirem escolhas amorosas ruins.


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[Vídeo] Como pensar o complexo de Édipo em famílias não tradicionais?

Freud faz parecer que o complexo de Édipo só acontece com crianças que crescem em famílias tradicionais.

Sendo assim, como pensar o complexo de Édipo em crianças que não convivem com um ou ambos os genitores?

Com Freud, não dá para pensar mesmo. Mas com Lacan, sim.


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Como se dá o complexo de Édipo em crianças que estão em estruturas familiares não tradicionais?


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[Vídeo] O papel dos pais no complexo de Édipo

Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “O complexo de Édipo em Winnicott”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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Por que algumas pessoas permanecem fixadas ao complexo de Édipo?

No finalzinho do século XIX, baseando-se em sua experiência clínica e na própria autoanálise, Freud teve a intuição de que toda criança experimenta o desejo de realizar os mesmos atos de Édipo.

Meninos e meninas, na faixa dos 2 a 5 anos mais ou menos, desenvolveriam a fantasia de terem exclusividade erótica sobre a mãe com a consequente eliminação da presença do pai.

Ao grupo de ideias que se produzem a partir desses desejos incestuosos e parricidas Freud deu o nome de COMPLEXO DE ÉDIPO.

Para o pai da Psicanálise, os pacientes neuróticos teriam muita dificuldade de renunciar a tais desejos, permanecendo, portanto, inconscientemente fixados à fantasia edipiana.

Mas o que levaria uma pessoa a se manter fixada no Inconsciente a um elemento infantil?

Resposta: a REPRESSÃO de tal elemento.

Como eu já disse em outras ocasiões, REPRIMIR É CONSERVAR.

Toda vez que a gente reprime um desejo, ou seja, toda vez que a gente expulsa um desejo do nosso campo de consciência e finge que ele nunca existiu, o que acontece?

Ora, ao invés de efetivamente desaparecer, o desejo começa a exercer ainda mais influência sobre nós, pois passa a habitar uma região da nossa mente que a gente não controla: o Inconsciente.

Nesse sentido, se uma pessoa permaneceu fixada ao complexo de Édipo, é porque, quando criança, reprimiu seus desejos incestuosos e parricidas ao invés de permitir que eles desaparecessem naturalmente…

— Beleza, Lucas, entendi. Mas, me diz uma coisa: por que algumas crianças conseguem fazer esse abandono natural do complexo de Édipo e outras o reprimem, ficando fixadas a ele?

Para respondermos essa pergunta, precisamos necessariamente levar em conta o modo como os pais se comportam com a criança durante a vivência do complexo de Édipo.

Freud não falou sobre isso, mas o psicanalista inglês Donald Winnicott, sim.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje (sexta) uma aula especial em que comento esse e vários outros aspectos da visão winnicottiana sobre o complexo de Édipo.

A aula está imperdível! Te vejo lá!


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[Vídeo] Os pais são nossos modelos de escolha amorosa

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.

Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.

Te vejo lá!


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[Vídeo] A repressão de desejos é inevitável e necessária

Será que a ênfase que Freud deu à influência do fator sexual na produção das neuroses não pode ser explicada pelo fato de que, na época dele, havia uma forte repressão da sexualidade na Europa? Nesse sentido, a teoria freudiana das neuroses não estaria ultrapassada? Confira a resposta no vídeo.


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Os 3 graus de ciúme segundo Freud

Para entender o que é o ciúme, precisamos saber, pelo menos, contar até 3.

Afinal, trata-se de uma experiência emocional que envolve, no mínimo, 3 elementos:

O sujeito enciumado, o objeto desejado e um terceiro que rivaliza com o sujeito pelo amor do objeto.

Com efeito, sentimos ciúme quando imaginamos ou percebemos que uma pessoa que amamos está ou pode estar interessada por terceiros.

Esta é exatamente a descrição do que acontece com todos nós no complexo de Édipo:

Desejamos nossos pais e, ao mesmo tempo, sofremos com o fato de eles se interessarem um pelo outro e não exclusivamente por nós.

Portanto, a matriz do nosso ciúme normal é a situação edipiana — da qual ninguém escapa.

Mas existem formas patológicas de ciúme, nas quais, por exemplo, o sujeito não consegue ficar em paz por estar sempre imaginando que o parceiro está desejando ou efetivando uma traição.

Em alguns casos, a pessoa desenvolve um verdadeiro delírio que lhe dá a certeza de que o objeto amado anda pulando a cerca.

Freud tratou dessas várias modalidades de ciúme no texto “Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranoia e na homossexualidade”, de 1922.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma AULA ESPECIAL em que comento esse texto, apresentando exemplos e detalhes sobre os três graus de ciúme mencionados por Freud.


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Para-além de papai e mamãe: o Édipo em Jacques Lacan

Ontem, na segunda aula do nosso minicurso, uma pessoa colocou a seguinte pergunta:

“Lucas, mas como se dá o complexo de Édipo em uma criança que não foi criada pelo pai?”.

E a minha resposta foi: é difícil pensar nessa possibilidade à luz da forma como Freud e Klein descrevem o Édipo.

Por quê?

Porque, na concepção do Édipo desses dois autores, existe a suposição de uma organização familiar tradicional: pai biológico + mãe biológica + filhos.

Ou seja, quando falam de pai e mãe, Freud e Klein não estão falando de funções, mas de figuras reais mesmo.

Essa dependência de um certo tipo de organização familiar fez com que muitas pessoas começassem a tratar as concepções desses autores como puras ficções.

Lacan não foi uma dessas pessoas.

Ao invés de jogar a criança fora junto com a água suja da banheira, Lacan olhará para os Édipos de Freud e Klein tentando discernir o que neles é verdadeiro/universal/invariável e o que é ficcional/ contingente/datado.

Em outras palavras, Lacan tomará as descrições freudo-kleinianas do Édipo como MITOS.

Uai, Lucas, mas mito não é uma ficção?

É e não é, caro leitor.

Sabe aquela história de que toda brincadeira tem um fundo de verdade?

Essa ideia também vale para os mitos: todo mito tem um fundo de verdade.

Pense, por exemplo, no mito de Narciso, aquele belíssimo mancebo que morreu de inanição por não conseguir parar de olhar para sua própria imagem refletida na água de um rio.

Quem não é capaz de enxergar que, por trás dessa “historinha”, existe a VERDADE UNIVERSAL de que o gozo excessivo com a própria imagem é mortífero?

Pois é! Lacan aplicará esse mesmo tipo de raciocínio ao abordar as descrições que Freud e Klein fizeram do complexo de Édipo.

É Lacan, por exemplo, quem vai propor a interpretação de que, quando Freud fala do pai, ele está se referindo, na verdade, a uma figura que ENCARNA uma FUNÇÃO que é ESTRUTURAL, ou seja, que SEMPRE estará presente, independentemente da existência concreta do genitor.

Quer saber mais sobre essa leitura estruturalista que Lacan fez do complexo de Édipo?

Então não perca hoje, às 20h, a nossa terceira e última aula do minicurso “O Édipo em Freud, Klein e Lacan”.

Não é preciso se inscrever.

Será no meu Instagram.

Até lá!


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Não se esqueçam do Édipo invertido!

No senso comum, frequentemente a gente vê uma apresentação incompleta do complexo de Édipo tal como pensado por Freud.

Diz-se que no Édipo a criança desenvolve sentimentos amorosos pelo genitor do sexo oposto e uma relação de rivalidade com o genitor do mesmo sexo.

Pois bem, meus amigos: essa é apenas a faceta POSITIVA do complexo de Édipo.

Mas ela não é a única.

O Édipo de Freud não é o Édipo de Sófocles.

Freud afirma claramente que existe uma dimensão “invertida”, por assim dizer, do Édipo, que se caracteriza justamente pelo inverso do que acontece na dimensão positiva:

Ou seja, a criança tem fantasias amorosas com o genitor do mesmo sexo e rivaliza com o genitor do sexo oposto.

É preciso sempre lembrar que, para Freud, todos nós nascemos com disposições bissexuais, de modo que uma menina pode muito bem fantasiar ser um homem para sua mãe.

Nesse sentido, podemos dizer que, com o declínio do complexo de Édipo, o menino não abandona apenas a mãe como objeto sexual, mas também o pai.

Trata-se, na verdade, da renúncia ao gozo incestuoso de forma geral, isto é, à possibilidade de satisfação sexual no interior da família.

No fundo, é isso o que o complexo de Édipo representa para Freud: uma organização psíquica na qual o sujeito é confrontado à tentação de alcançar um gozo fácil, com papai e mamãe, sem sair de casa…

Quer saber mais sobre como Freud caracterizou o complexo de Édipo? Então não perca hoje nossa primeira aula do minicurso “O Édipo em Freud, Klein e Lacan”.

Será às 20h no meu Instagram!


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