Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “ESTUDOS DE CASOS 18 – Uma jovem mal acolhida que se sentia um peso para o mundo” que já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “LENDO KLEIN 09 – O sadismo implacável do superego primitivo” que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – KLEIN da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Atendendo crianças emocionalmente doentes, Melanie Klein descobriu que o superego se forma muito mais precocemente do que pensava Freud.
O pai da Psicanálise acreditava que a instância superegoica só surgiria a partir do momento em que a criança começasse a se desligar afetivamente dos pais.
E, para Freud, tal processo só aconteceria por volta dos cinco anos.
Frustrada por perceber que a mãe e o pai possuem outros interesses para além dela, a criança internalizaria as figuras parentais na forma de superego como uma espécie de consolo.
“Já que não posso ficar com mamãe e papai o tempo todo, levá-los-ei dentro de mim para o resto da vida. 😌”, pensaria o ingênuo filhotinho de Homo sapiens.
Todavia, para Melanie Klein, esse processo de introjeção das figuras parentais ocorreria muito mais cedo do que Freud sugeriu.
A clínica infantil revelou à psicanalista austríaca que, desde os primeiros dias de vida, o bebê já estabelece um intercâmbio entre ele e a mãe no nível da fantasia.
Ainda no colo materno, a criança projeta coisas na mãe e introjeta elementos que ela imagina que estão na mãe (justamente os que ela mesma projetou 🤡).
— Que coisas a criança projeta na mãe, Lucas? 🤔
As únicas coisas psíquicas que ela traz “de fábrica” ao nascer: seus impulsos de amor 😍 e de agressividade 😡.
Ao projetar na figura materna esses impulsos, o bebê acaba criando em sua cabeça uma versão 100% amorosa e outra 100% maligna da mãe.
O problema, como eu disse acima, é que a criança traz para dentro de si essas duas versões maternas que ela mesma forjou.
Resultado: ela se identifica com a mãe 100% boa 😇 e trata a mãe 100% má como uma espécie de autoridade inquestionável que a persegue e tortura internamente 👿.
Ora, para Melanie Klein, essa mãe 100% má introjetada é justamente a versão primitiva do superego. Um superego extremamente cruel, severo e implacável.
Quer entender melhor como esse superego cruel se forma? Na aula especial publicada hoje na Confraria Analítica, explico tudo detalhadamente.
O título da aula é “LENDO KLEIN 09 – O sadismo implacável do superego primitivo” e ela já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – KLEIN.
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É com esta frase que Freud sintetiza o resultado produzido pela Psicanálise no psiquismo de uma pessoa que a ela se submete.
No modelo teórico proposto pelo autor em 1923, o id designa a dimensão da nossa mente onde se encontram nossos impulsos e disposições naturais.
A experiência clínica de atendimento a pessoas neuróticas revelou a Freud que nós podemos adoecer emocionalmente quando, por medo, viramos as costas para o id.
É claro que não podemos nos entregar passivamente a nossos impulsos e disposições naturais. A vida em sociedade e o nosso próprio senso de autopreservação nos impedem de agir assim.
Desde a infância, a gente vai aprendendo a se conter, se controlar e a se adaptar aos limites impostos tanto por nossos valores quanto pela própria realidade.
Porém, nesse processo, podemos ser levados a olhar para nossas inclinações naturais como tendências perigosas que precisam ser reprimidas.
O resultado disso é catastrófico: ao reprimir um impulso, perdemos o controle sobre ele, pois reprimir significa justamente fingir que ele não existe.
Fora de controle, o impulso reprimido do id fica livre para “nadar de braçada” em sua vida.
E pior: como você não quer enxergá-lo, ele acaba se manifestando à força, justamente por meio do adoecimento emocional.
Quando um paciente neurótico procura terapia, é nesse estado que ele se encontra: dominado pelos impulsos do id para os quais tem medo de olhar.
Na Psicanálise, a gente ajuda o sujeito a perder esse medo.
Dessa forma, ele passa a dar conta de encarar o id e consequentemente se APROPRIAR dos impulsos que outrora reprimiu.
É por isso que Freud diz que “onde estava o id, ali estará o ego”:
Com efeito, ao perder o medo, o ego (o eu) consegue TOMAR POSSE daquelas “regiões” do id que, por terem sido reprimidas, estavam fora do seu controle.
O id só para de nos escravizar com sintomas quando tomamos a coragem de reconhecê-lo, afirmá-lo, valorizá-lo e, acima de tudo, conversar com ele.
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Hoje em dia, no contexto das discussões sobre saúde mental, geralmente a palavra “autocobrança” vem carregada de uma conotação pejorativa.
Fica parecendo que se cobrar é uma coisa necessariamente patológica. Mas isso não é verdade.
Nós precisamos exercer sobre nós mesmos um papel semelhante àquele que nossos pais desempenhavam conosco quando éramos crianças.
A vida em comunidade e a conquista dos objetivos que desejamos exigem isso!
Nossos pais não deixavam que fizéssemos tudo o que queríamos.
Quantas vezes, por exemplo, você não estava com a menor vontade de ir para a escola ou fazer lição de casa, mas foi compelido por seus pais a cumprir tais obrigações?
Eles estavam errados ao fazer isso?
É óbvio que não. Provavelmente, hoje você os agradece por não terem cedido aos seus caprichos infantis.
O problema é que, mesmo na idade adulta, uma parte da nossa personalidade permanece sendo essa criança imediatista que só quer saber de ficar de boa o dia inteiro.
Nesse sentido, precisa haver em nós uma outra parte (que, na Psicanálise, a gente chama de SUPEREGO) que fará aquele papel chato dos pais de impor limites a essa dimensão infantil — que, por natureza, é irresponsável.
Então, pessoal, muitas vezes a gente precisa se cobrar mesmo.
É claro que não estou falando aqui de se cobrar em excesso, de forma desproporcional, como vemos em casos de depressão neurótica e neurose obsessiva.
Estou me referindo a autocobranças saudáveis, cuja função é incentivar você a parar de fazer corpo mole e se esforçar para cumprir os objetivos que VOCÊ DESEJA CUMPRIR e honrar os compromissos QUE VOCÊ ASSUMIU.
Nem sempre é fácil distinguir as autocobranças saudáveis das que são excessivas e patológicas.
Quem tem essa dificuldade pode se beneficiar muito de uma boa terapia psicanalítica.
Mas é muito importante que você não perca de vista a possibilidade real de estar pegando muito leve consigo mesmo.
Sim!
Tem gente que diante de qualquer desconforto, do menor desafio, já abandona seus projetos como uma criança que não quer comer salada porque não é gostoso como sorvete.
Não se cobre demais.
Mas também não se cobre de menos.
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Exceto algumas pessoas gravemente doentes, todo o mundo sente culpa após fazer algo que considera errado e que causou dano a outrem.
Trata-se de um fenômeno natural e involuntário que deriva da nossa capacidade de nos importarmos com o outro e do fato de possuirmos algum tipo de código moral.
Portanto, com exceção daqueles que popularmente chamamos de “psic0p4tas”, ninguém está livre de sentir culpa ao perceber que pisou na bola.
Todavia, creio ser necessário apontar a diferença entre culpa e CULPABILIZAÇÃO.
A culpabilização é uma forma patológica de lidar com a culpa. Ela consiste em alimentar um processo de autocondenação e remorso.
O sujeito que se culpabiliza fica se chicoteando mentalmente e querendo inutilmente voltar no tempo para evitar o erro cometido.
Mas veja bem: a culpabilização não é uma forma de g0z4r com a culpa.
Pelo contrário: a pessoa se culpabiliza justamente porque NÃO SUPORTA se sentir culpada.
Explico:
Para pessoas imaturas, o sentimento de culpa é tão aflitivo que elas querem se livrar dele o mais rápido possível.
O remorso e as autocondenações são como que “penitências” que o sujeito aplica sobre si na busca por “expiar” a culpa.
É como se o indivíduo conversasse consigo mesmo nos seguintes termos:
“Fiz bobagem, superego, eu sei. Mas olha como, na verdade, eu sou uma pessoa boa e estou disposto a pagar pelos erros que cometi. Pode me chicotear à vontade, só me livra dessa culpa maldita o mais rápido que puder.”
Entendeu? Paradoxalmente, a culpabilização é uma tentativa de FUGIR da culpa, ou seja, de não assumir a responsabilidade pelo erro.
É por isso que o sujeito culpabilizado fica querendo voltar no tempo. Ele não está disposto a assumir as consequências de sua pisada na bola.
A forma saudável de lidar com a culpa não é se culpabilizando; é se RESPONSABILIZANDO.
Não adianta nada ficar batendo no peito e se recriminando. Isso é só o puro suco do narcisismo e da imaturidade emocional.
Na saúde, a gente transforma o sentimento de culpa em DESEJO de reparação e de mudança.
A gente foca no que pode fazer e não no que já fez.
A gente olha pra frente.
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Excesso de autocobrança: atualmente essa é uma das queixas que aparecem com mais frequência nos consultórios de psicoterapia.
Diversos pacientes sofrem por sentirem culpados com muita facilidade e exigirem de si mesmos padrões desnecessariamente elevados de conduta.
Ao contrário do que se pensa, nem sempre tais pessoas são provenientes de ambientes familiares que as pressionavam e cobravam um desempenho de excelência.
Às vezes é o oposto: tem paciente que se tornou bastante exigente consigo mesmo em meio a pais cuja tolerância e flexibilidade flertavam com a negligência.
Em casos como esse, o sujeito desenvolve o excesso de autocobrança como uma defesa contra os sentimentos de desamparo e desorientação gerados pela postura exageradamente complacente dos pais.
Há outros pacientes cuja autocobrança patológica é resultante de uma história infantil marcada pela ocorrência frequente de situações de ameaça e intimidação.
Assim, o sujeito passa a ser extremamente exigente consigo mesmo com o objetivo inconsciente de evitar as punições que fora levado a imaginar quando criança.
Seja qual for a origem do excesso de autocobrança, é possível observar em muitos pacientes que sofrem com esse problema um aspecto muito interessante, a saber:
Um anseio não declarado de serem tratados com a compaixão e compreensão que não conseguem ter em relação a si mesmos.
Faz sentido! Para sustentarem a autocobrança patológica como defesa, essas pessoas precisam RECALCAR suas tendências autocompassivas.
É por isso que elas tendem a ser extremamente tolerantes e complacentes COM OS OUTROS.
Com efeito, agem com as outras pessoas como gostariam de agir consigo mesmas, mas NÃO SE PERMITEM.
E por que não se permitem?
Porque, como eu disse anteriormente, o excesso de autocobrança é uma DEFESA.
Inconscientemente o sujeito acredita que, se parar de se cobrar e começar a pegar leve consigo mesmo, estará em perigo: ficará perdido, desorientado, será punido etc.
Assim, com medo de abrir mão dessa defesa, a pessoa se projeta no outro e oferece a ele justamente a tolerância que não consegue oferecer a si mesma.
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Esta é uma pequena fatia da aula especial “Psicopatia e personalidade antissocial: uma introdução”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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