Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “ESTUDOS DE CASOS 10 – Ana: quando o amor se confunde com dinheiro”, que já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Classicamente, compreendemos o fenômeno da transferência, em Psicanálise, como um processo de encenação.
Inconscientemente, o paciente encena com o analista determinados padrões relacionais e, nesse sentido, espera que o terapeuta desempenhe certos “papeis”.
Do ponto de vista freudiano, o analisando faria isso movido pelo desejo inconsciente de satisfazer, na relação com o terapeuta, certos impulsos reprimidos.
Embora essa hipótese se aplique perfeitamente às dinâmicas transferenciais de muitos pacientes, há outra motivação para a transferência que não foi explorada por Freud.
Existem alguns analisandos que também transferem para a relação com seus terapeutas a expectativa de terem certas NECESSIDADES BÁSICAS satisfeitas.
Trata-se de pacientes que não puderam usufruir de um ambiente suficientemente bom na infância e que esperam obter do analista o CUIDADO que não receberam lá atrás.
Este é o caso da Ana, paciente de uma aluna da CONFRARIA ANALÍTICA, cujo caso foi comentado por mim na AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na nossa plataforma.
Ana cresceu em um ambiente caótico, sem continência, sendo exposta a situações de risco pelo próprio pai.
Acostumada desde cedo a se virar sozinha, tornou-se uma mulher fálica, aparentemente potente, mas que se sente o tempo todo vazia, infeliz e insatisfeita.
Via identificação projetiva, sua analista vivenciou na pele o sentimento de impotência que a paciente tenta esconder com a ostentação de suas posses e conquistas.
Transferindo para o vínculo com a terapeuta o anseio de poder expor sua vulnerabilidade e ser cuidada, Ana finalmente pôde relaxar.
Por isso, vem conseguindo sair da posição fálica defensiva que se viu obrigada a adotar desde criança.
Quer saber mais sobre os interessantíssimos detalhes desse caso?
Eles estão na aula especial “ESTUDOS DE CASOS 10 – Ana: quando o amor se confunde com dinheiro”, já disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Em 1933, a psicanalista alemã radicada nos EUA Karen Horney escreveu um artigo intitulado “Maternal Conflicts” (“Conflitos Maternos”).
Nele, Horney apresenta o caso clínico de uma professora casada, de 40 anos, que a havia procurado inicialmente para tratar-se de uma depressão moderada.
Com a análise, a paciente conseguiu sair do quadro depressivo, mas acabou retornando ao consultório da analista cinco anos depois, desta vez por outro motivo.
A professora disse que vinha se sentindo culpada porque alguns de seus alunos estavam ficando apaixonados por ela e a docente achava que poderia estar provocando essa reação.
Não só isso: ela havia se apaixonado por um daqueles alunos, um rapaz que tinha praticamente a metade da sua idade.
O detalhe é que tanto esse jovem quanto os outros alunos pelos quais ela reconheceu que havia se interessado antes dele portavam algumas características comuns:
Todos eles tinham traços físicos e comportamentais parecidos com o pai da paciente e, em alguns dos sonhos dela, os alunos e o genitor frequentemente apareciam como sendo uma mesma pessoa.
Assim, Horney concluiu que a paixão pelo rapaz tinha um forte componente transferencial: a paciente estava deslocando para o garoto os desejos infantis reprimidos pelo pai.
Mas o caráter inusitado dessa história não para por aí:
A analista observou que o aluno por quem a professora se apaixonara estava na mesma faixa etária do filho dela, com o qual tinha uma relação de apego extremamente sufocante e exagerada.
Com base nessa constatação e em outros elementos do caso, Horney fez uma descoberta surpreendente:
Na verdade, antes de transferir para o rapaz o desejo infantil que ela ainda conservava pelo pai, a paciente vinha satisfazendo esse anseio incestuoso na relação com o próprio filho!
Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma AULA ESPECIAL em que comento detalhadamente esse artigo de Karen Horney.
Veremos como a presença de um processo transferencial como esse, de uma mãe para o filho, pode perturbar a relação entre eles, trazendo consequências bastante indesejáveis.
A aula já está disponível na nossa plataforma! O título dela é “AULA ESPECIAL – A transferência na relação entre pais e filhos” e está publicada no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS“.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
01:23 – Terapeuta pode seguir paciente e vice-versa?
06:53 – Quando o adolescente não quer fazer terapia, posso atender um dos pais?
08:29 – Paciente me trouxe comida e aceitei almoçar com ele. Fiz certo?
13:00 – Psicanalista tentou me evangelizar
14:49 – Ter fantasias masoquistas significa estar na estrutura perversa?
16:23 – É salutar deixar o Id “passear” de vez em quando?
19:40 – Quais tópicos priorizar ao estudar Psicanálise?
21:03 – Ocorre transferência entre professor e aluno?
24:12 – Qual a diferença entre eu ideal e ideal do eu?
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Cada pessoa tem uma forma típica, mais ou menos estereotipada, de se relacionar com o outro. Ele expressa uma determinada FANTASIA e se constitui em resposta a um certo tipo de MEDO BÁSICO.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula especial “CONCEITOS BÁSICOS 19 – TRANSFERÊNCIA”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – CONCEITOS BÁSICOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
— Estou pensando seriamente em sair da terapia, Bia.
Quem está falando é Lorena, uma publicitária de 38 anos, que há nove meses está em análise com a psicóloga e psicanalista Beatriz.
A terapeuta não se surpreendeu com a declaração da paciente, pois a moça vinha desmarcando muitas sessões recentemente.
— Hum… Mas a gente mal começou, Lorena… — disse Beatriz em um tom bem-humorado.
— Olha, preciso ser sincera com você. Foi o que me pediu no início, né?
— Claro!
— Estou pensando em sair porque acho que o nosso processo não está funcionando. Eu sinto que você me acha chata, entediante e nem presta muita atenção ao que eu falo.
Ao ouvir essa queixa, uma psicóloga de outra abordagem talvez se preocuparia em esclarecer imediatamente à paciente que suas impressões estavam equivocadas.
Como uma boa psicanalista, em vez de fazer isso, Beatriz decidiu “dar corda” para Lorena:
— Hum… Entendo. Você sente que eu não me interesso pelo que você fala.
— Exatamente — confirmou Lorena — me desculpe se estiver sendo injusta, mas é assim que eu me sinto. Ultimamente tenho saído das sessões com a vontade de nunca mais voltar.
Beatriz ficou em silêncio e, alguns segundos depois, fez a seguinte intervenção:
— Você se lembra de que falou EXATAMENTE a mesma coisa sobre a última vez que visitou sua mãe?
— Não… O que eu falei? — indagou a paciente com curiosidade.
— Que você saiu da casa dela “com a vontade de nunca mais voltar”. Inclusive, utilizou precisamente essas mesmas palavras.
Um tanto perplexa com a aparente coincidência, Lorena ficou pensativa, em silêncio.
A analista não poderia perder a oportunidade de cortar a sessão naquele momento:
— Tá vendo como eu presto muita atenção ao que você fala? Te vejo na semana que vem!
As queixas que Lorena fez à psicóloga e que levaram a paciente a pensar em sair da terapia exemplificam o fenômeno clínico que Freud chamou de TRANSFERÊNCIA.
Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá hoje (sexta) uma AULA ESPECIAL em que explico didaticamente como funciona esse fenômeno e como o analista deve lidar com ele.
Te vejo lá!
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Cada pessoa tem uma forma típica, mais ou menos estereotipada, de se relacionar com o outro.
Tem gente que está sempre querendo agradar.
Tem gente que está sempre querendo se esconder.
Tem gente que está sempre querendo seduzir.
Tem gente que está sempre querendo se mostrar forte.
Enfim, os padrões de relacionamento são os mais diversos. Eles expressam uma determinada FANTASIA e se constituem em resposta a um certo tipo de MEDO BÁSICO.
Por exemplo: o sujeito que está o tempo todo querendo agradar pode ter inconscientemente o medo de ser destruído por um objeto interno cruel e implacável.
Tal objeto mau se formou na mente dessa pessoa em função das suas experiências infantis. Ela pode ter tido, por exemplo, um pai muito agressivo e intolerante.
O medo de ser morto, a princípio pelo próprio pai real, e depois pela versão internalizada dele (muito mais cruel), leva o sujeito a desenvolver, na infância mesmo, uma FANTASIA.
Trata-se de uma situação imaginária muito simples que a pessoa acredita que a protegeria do perigo que ela tanto teme.
Nesse exemplo que estamos analisando, a fantasia poderia ser expressa da seguinte forma:
“Se eu agradar o papai, ele vai ficar feliz e não vai me matar.”
Como o pai real é introjetado, a fantasia passa a estar relacionada ao objeto interno mau. Esse, por sua vez, pode ser projetado em outras pessoas.
É daí que vem o padrão de estar sempre tentando agradar.
Com efeito, por estar sempre projetando o objeto cruel e impiedoso, o sujeito se sente o tempo todo ameaçado e precisa estar constantemente fazendo uso da fantasia para se defender.
Em outras palavras, buscando agradar os outros, a pessoa inconscientemente acredita que está “acalmando” o objeto interno mau e se protegendo dos ataques dele.
É claro que essa tendência de estar sempre querendo agradar pode estar ligada a outros medos e fantasias. Há vários cenários possíveis.
O exemplo citado serve apenas para enfatizar o quanto é importante que o terapeuta identifique o padrão de relacionamento interpessoal do paciente.
Afinal, como vimos, é na análise desse padrão que encontraremos os medos e fantasias básicas que governam inconscientemente a vida do sujeito.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Neste vídeo, eu apresento 3 boas razões pelas quais atender amigos e parentes próximos não é uma conduta adequada, principalmente do ponto de vista técnico.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
O divã dá mais liberdade ao paciente para fazer a associação livre e também ajuda o analista a exercer a atenção flutuante. Mas qual é o momento certo de pedir ao paciente que faça as sessões deitado no divã? Assista ao vídeo e descubra.
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Em outubro de 1900, Sigmund Freud foi procurado por um ex-paciente para que atendesse sua filha, uma jovem de 18 anos.
A moça, a quem Freud atribuiu o pseudônimo de DORA, andava meio deprimida, sem apetite, tendo desmaios, convulsões, dentre outros sintomas histéricos.
Ao longo do processo terapêutico, que durou apenas cerca de 3 meses, o médico pôde perceber que a paciente havia adoecido em resposta ao seu envolvimento numa teia de relações amorosas que envolviam ela própria, seu pai, uma vizinha (Sra. K) e o marido dessa vizinha (Sr. K).
Com efeito, o genitor e a Sra. K mantinham um caso extraconjugal ao mesmo tempo em que Dora era alvo de assédio por parte do Sr. K.
No tratamento, ficou claro para Freud que a jovem havia sido apaixonada pelo vizinho.
Os pormenores da história vão se revelando à medida que o processo terapêutico progride, sobretudo em função da análise de dois sonhos de Dora.
Todavia, no dia 31 de dezembro daquele ano, para surpresa do médico, a paciente decide simplesmente abandonar o tratamento.
É na tentativa de compreender as motivações desse movimento de Dora que Freud evoca, pela primeira vez, a ideia de “atuação” — que os analistas de língua inglesa traduziram como “acting-out”.
Para Freud, ao sair da terapia, a moça estaria colocando EM ATO o seu desejo de vingança em relação ao Sr. K, o qual, do seu ponto de vista, não queria nada sério com ela.
Ou seja, ao invés de se LEMBRAR e FALAR sobre o ressentimento que nutria em relação ao vizinho por ter se sentido enganada por ele, Dora efetivamente REALIZOU sua vingança transferindo a figura do Sr. K para Freud.
Trata-se de uma transferência em estado “selvagem”, como diz Lacan, já que não foi objeto de interpretação em análise.
Com efeito, Freud só se deu conta que a paciente estava fazendo com ele o que queria ter feito com o Sr. K algum tempo depois que ela foi embora.
ATOS como o de Dora, que expressam simbolicamente conteúdos inconscientes, acontecem com muita frequência tanto dentro quanto fora do contexto terapêutico.
E é justamente sobre eles que falaremos na AULA ESPECIAL AO VIVO de hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, a partir das 16h30.
Te vejo lá!
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.