A mulher que batia no analista

junginhisofficeA anedota a seguir consta da autobiografia do Jung.

O velho sábio suíço conta que no início de sua carreira como psiquiatra, certo dia apareceu em seu consultório uma senhora da alta nobreza que tinha o insólito costume de dar bofetadas em seus empregados.

Como a tal mulher considerava como empregado qualquer pessoa que lhe prestasse algum serviço profissional, os médicos que lhe atendiam também eram vítimas dos tapas na cara.

Eis que essa senhora passou a sofrer de neurose obsessiva e para o tratamento fora internada numa clínica. Não deu outra: dá-lhe tapa na cara do médico que a atendeu. Diante disso, o médico resolveu encaminhá-la para outro colega. Mesma coisa: mais um médico esbofeteado. E a sequência continuaria até o último médico suiço se não fosse pela brilhante idéia do segundo médico de encaminhar a paciente para seu troncudo colega Jung.

Quando Jung viu a mulher pela primeira vez, ele pôde entender porque ninguém revidava os tapas na cara. A senhora era imponente e tinha mais de 1 metro e 80 de altura. No início da sessão tudo corria bem, até o momento em que Jung teve que dizer a ela algo desagradável. A mulher, então, furiosa, se levantou e ameaçou começar a surra.

Jung não se fez de rogado e de imediato também se levantou dizendo: “Pois bem, a senhora é mulher, pode bater primeiro. Ladies first! Depois será a minha vez!” Acreditem: a mulher sentou-se novamente no sofá, abatida e lamentando disse: “Ninguém ainda me falou assim…”

Cá pra nós, será que ela era obsessiva mesmo?

4 comentários sobre “A mulher que batia no analista

  1. Rosângela

    É isso aí…os “imponentes” crescem para os que acreditam em sua supremacia…e baixam a bola rapidinho diante dos que os enfrentam…Ninguém é melhor do que ninguém…existem apenas as aparências e essas quase sempre enganam…e muito!!!

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