
Uma pessoa me fez essa pergunta na caixinha dos stories do Instagram.
Como muitos seguidores consideraram a resposta relevante, decidi compartilhá-la aqui no feed também a fim de alcançar outras pessoas.
Para explicar o funcionamento da Psicanálise para um paciente que nunca fez terapia, creio ser apropriada a seguinte analogia:
“Imagine [você, analista, está falando com o paciente] que a terapia é uma longa viagem que nós dois faremos juntos de carro.
É uma viagem diferente, pois a gente não sabe exatamente onde vai chegar; o mais importante é a jornada que faremos juntos.
Quem irá dirigir o carro? Você. Sim, pode parecer estranho que seja você, o paciente, a guiar esse processo, mas, confie em mim: é melhor assim.
Bem, isso significa que eu, como terapeuta, estarei no banco do carona, certo? Mas, não se preocupe: eu não vou ficar dormindo (aqui pode entrar uma leve risada). Eu vou funcionar para você como uma espécie de copiloto.
Durante a viagem, a sua tarefa é bem simples: você só tem que guiar o carro para onde quiser e ir descrevendo para mim o que está vendo à frente e ao redor.
Não, não temos um mapa. Esta é a graça desta viagem. Não existe um trajeto planejado. É você quem decide para onde a gente vai.
E eu, o que farei? Como disse, eu serei meio que um copiloto. De vez em quando, eu vou pedir para você fazer a volta para a gente passar de novo por certos lugares e vou chamar sua atenção para certas coisas que passaram batido pelo seu olhar.
Confie em mim: enquanto a gente faz essa viagem, pouco a pouco esse sofrimento todo que te fez vir aqui vai passar.
Talvez, depois de um tempo, você queira estacionar o carro, mas é possível também que goste tanto da viagem que não queira mais parar de dirigir.”.
E aí, o que você achou da analogia? Você, analista, costuma utilizar outras comparações como essa com seus pacientes?
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Gostei muito, muito mesmo, não consigo palavras pra expressar tamanha gratidão!
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Valeu, Francisco! Tamo junto!
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