
Melanie Klein indiscutivelmente faz parte do rol dos principais autores do campo psicanalítico.
Talvez você não saiba, mas essa mulher, nascida em 1882, enfrentou forte resistência por parte da ortodoxia psicanalítica dos anos 1920.
Com efeito, Klein não era médica nem tinha qualquer outro diploma universitário. Era, portanto, o que se chamava à época de analista leiga.
Essa corajosa austríaca de origem judia aprendeu o ofício de psicanalista nos divãs de Sándor Ferenczi e Karl Abraham.
Foi Ferenczi, inclusive, quem a incentivou a se dedicar à análise de crianças, outro alvo das críticas dos colegas mais conservadores que achavam que a Psicanálise só poderia ser aplicada em adultos.
Vítima da perda precoce de tantas pessoas importantes (pai, mãe, irmãos, filho), provavelmente não por acaso Klein foi uma das autoras que mais levou a sério o conceito freudiano de “pulsão de morte”.
Com base em sua experiência clínica orientada pelo último Freud, a autora chegou à conclusão de que toda criança já nasce experimentando um medo de ser morto (“fear of annihilation”).
Com efeito, Melanie Klein acredita que, desde o início da vida, o bebê se relaciona com os seios maternos percebendo-os como objetos diferentes de si.
Isso permite à criança projetar sua pulsão de morte (originalmente uma tendência para a autodestruição) nos seios e imaginar, assim, que são eles que desejam matá-la.
Mas o bebê não nasce apenas com pulsão de morte, né?
Exatamente. Ela também possui uma pulsão de vida, isto é, uma tendência para a autopreservação e a formação de ligações com os objetos.
Por conta disso, a criança não vivencia os seios apenas como objeto maus e persecutórios, mas também como entes angelicais, amorosos e protetores.
Ora os seios aparecem para o bebê como 100% maus, ora como 100% bons.
Doido, né? Pois é… Esse modo polarizado de enxergar a realidade (bem típico dos nossos dias, aliás…) permanece vigente na cabecinha do bebê até o quarto mês de vida.
Depois disso, a criança vai se tornando capaz de perceber que os seios não são só bons ou só maus e que, na verdade, eles são apenas partes de um objeto muito maior chamado mãe…
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