
Eu preciso ser totalmente independente, pois não posso confiar em ninguém.
Eu preciso ser engraçado porque somente assim serei amado.
Eu preciso me submeter à vontade das outras pessoas, pois, assim, não serei abandonado.
Eu preciso desconfiar de todo o mundo, pois, dessa forma, não serei atacado.
Esses são apenas alguns exemplos de fantasias inconscientes que comumente encontramos na clínica.
Elas fornecem respostas a duas grandes perguntas que nos são colocadas pela vida desde muito cedo:
1 – Quem sou eu?
2 – Como são os outros?
A fonte primária na qual vamos buscar elementos que nos ajudem a construir a fantasia que responderá essas perguntas é a família.
É na relação com pai, mãe e irmãos que vamos forjando a ideia de como é o OUTRO, essa categoria que engloba todas as pessoas com as quais nos relacionamos e o mundo de forma geral.
É das vicissitudes das interações com a família na primeira infância que brota a visão do outro como:
Alguém em quem não se pode confiar.
Alguém que precisa ser seduzido.
Alguém que precisa ser obedecido.
Alguém que pode atacar a qualquer momento.
Essas são apenas algumas das inúmeras imagens do outro que podem emergir.
A partir dessa imagem, deduzimos nossa posição:
Se o outro é visto como alguém que pode me atacar, por exemplo, logo eu preciso ser aquele que se defende, que desconfia.
Se o outro precisa ser seduzido, devo me tornar um sedutor.
Uma das tarefas que buscamos levar a cabo numa Psicanálise é justamente a de identificar a fantasia inconsciente que comanda a vida do paciente a fim de ajudá-lo a adotar um olhar crítico em relação a ela.
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