Além de escutar, o que mais um psicanalista faz?

Popularmente, os psicanalistas são vistos como seres muito silenciosos.

De fato, alguns de nós exageram e são capazes de ficar uma sessão inteira sem falarem um “a” com seus pacientes. Trata-se de um erro técnico, evidentemente.

Mas se passamos a maior parte do tempo calados é porque entendemos que o elemento mais importante de um processo terapêutico é o material trazido pelo paciente.

Por outro lado, apenas a apresentação pura e simples desse material não é suficiente para que uma análise aconteça.

O analista precisa intervir e participar ativamente do processo. Ele não pode ficar em silêncio o tempo todo.

Mas de que forma o analista intervém?

Dizendo ao paciente coisas como “no fundo, você quer pegar a sua mãe”?

Essa é outra imagem estereotipada do psicanalista que circula no imaginário popular: o analista-intérprete, que tem sempre uma explicação freudiana na ponta da língua.

Nada mais falso.

Basta ler meia dúzia dos textos clínicos de Freud para saber que nunca trabalhamos dessa forma.

Mas repito a pergunta: de que forma o analista intervém?

O que falamos para nossos pacientes? Como se dá a nossa participação no tratamento?

Muitos analistas responderiam a essas indagações com formulações abstratas, obscuras, que mais confundem do que esclarecem.

Eu não.

Na tentativa de explicar de maneira clara e objetiva o que fazemos na clínica para-além da escuta, elaborei um modelinho bem simples que distingue 3 categorias de intervenções que desenvolvemos com nossos pacientes.

Trata-se de uma espécie de MAPA que ajudará muitos analistas, especialmente os iniciantes, a se situarem em relação ao que estão fazendo na clínica.

Este singelo modelo foi apresentado na AULA ESPECIAL “Clarificar, confrontar e interpretar: um mapa para a clínica”, que acaba de ser publicada na CONFRARIA ANALÍTICA.

A aula está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.


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