Olá! Tudo bem? O conteúdo que você está buscando não se encontra mais disponível aqui, pois foi reunido no ebook “Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática”. Sem falsa modéstia, trata-se de praticamente um curso de introdução à Teoria Psicanalítica. Para conhecer e adquirir o livro digital, é só clicar aqui.
Se você se interessa muito por Psicanálise, considere também participar da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade online exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda. O valor da assinatura mensal é de apenas R$39,99 por mês e, além das aulas, você tem acesso a diversos conteúdos exclusivos.
Acho bacana você tentar explicar coisas tão complexas da forma mais simples possível. Nesse caso, acho que o tema é complexo demais e a explicação simples demais… Mas gostei mesmo assim, porque é uma iniciação. Quem sabe um dia não fica mais fácil ler um texto de Lacan?
No meu modo de ver, as mulheres atualmente têm tantos substitutos para o falo (sapatos, bolsas, silicones) que até andam se esquecendo dos filhos… Os homens também parecem mais preocupados com o carro, com o relógio ou o celular, do que com eles mesmos.
CurtirCurtir
Caríssima Vica, primeiramente obrigado por frequentar o blog e também pelo nobre exercício de comentar. Concordo com você quanto às mulheres. Aliás, essa idéia do silicone como falo é algo que até merece ser mais produndamente desenvolvida porque a colocação de próteses se tornou uma febre no mundo atual. Fazendo um pouqinho de psicanálise selvagem, poder-se-ia dizer que a colocação de silicone representa simbolicamente a tentativa de se manter o falo sempre ereto, impedindo a tendência natural da lei gravitacional.
Quanto aos homens acho que eles sempre estiveram mais interessados em suas posses e suas conquistas. A gente, mãos peludas, não conseguimos nos desvencilhar da fantasia de que conquistaremos a mulher pela exibição de nossos falos.
A respeito da explicação, a idéia é que todas elas sejam simples mesmo. Tenho visto, por exemplo, nas estatísticas do blog, que muitas pessoas entrem aqui digitando no Google: “O que é falo” ou “o que é recalque”. Notadamente, as pessoas que o fazem não leem psicanálise ou estão se iniciando no estudo da mesma. Então, o objetivo das explicações é que o cara entre no blog, leia a explicação, satisfaça sua curiosidade ou dúvida e pronto. Quem quiser se aprofundar ou for mais entendido em Psicanálise, pode acessar a sessão “Artigos” ou me solicitar uma explicação com maior profundidade teórica. Se estiver dentro de minhas possibilidade e competência, terei prazer em responder.
Um abraço e volte sempre!
CurtirCurtir
Volto sim, com certeza. E agradeço as respostas sempre generosas. Um abraço!
CurtirCurtir
Lucas,
Parabéns.. pelo discurso acessível .
Vc consegue transmitir conceitos teóricos complexos de forma leve e instrutiva…
Tnanks
R.
CurtirCurtir
Intessante a explicação. Muitsvezes pensei somente que fosse o pênis, pois aprendi assim, literatura falsa. Obrigado pela resposta simples e fácil.muito interessante a definição.
CurtirCurtir
Absolutely incredible how you change a vocabularyinto an extended dispersive discourse. Since I opened a dictionary I am going to find the world falo meaning penis and the same. Where do you find so utopian a definition?
CurtirCurtir
esta na hora de nos preocuparmos em ensnar que so’ o amor funciona macons e nao macons sao filhos de DEUS o criador de tudo e ele nem forma possui so amor porque entao passamos a vida toda como os bintinos?
CurtirCurtir
-O FALOCENTRISMO-
Irigaray, por outro lado, irá contestar Freud perguntando porque ocorre a ele termos como inveja, cobiça, ciúme que correspondem à falta de, falha de, ausência de. Esta autora indaga porque não analisar também a inveja da vagina, do útero, do seio, inclusive porque, segundo ela, a Psicanálise contraria séculos de Literatura e de Artes que elogiam, fartamente, os atributos físicos femininos…
De qualquer forma, a interrogação a elucidar não é quem sente inveja de quem, porque ainda estaríamos pensando a questão a partir de modelo e cópia. Tampouco a questão seria no sentido de se indagar como faz a menina para trocar de objeto amoroso e passar da mãe ao pai, mas sim, como faz a menina para desejar ser uma mulher num mundo paternalista, masculino e fálico. Para algumas psicanalistas como Langer, o drama da menina se produz quando, ao reconhecer a diferença anatômica, descobre também a inferioridade da mãe, que não se limita à suposta castração. Desta forma, o colapso narcisista que a menina sofre em seu desenvolvimento não se limita à inferioridade anatômica, mas diz respeito a um contínuo, permanente e poderoso processo social de depreciação de seu gênero. É por isto que pode-se afirmar que a feminilidade vai sendo cimentada no seio de uma peculiar relação com uma mãe que, inferiorizada se auto-deprecia e, assim, deprecia também a filha, feminizando quase sem erotizar esta relação. E essa deserotização será tanto maior quanto maior for a heterossexualidade desta mulher, ou seja, a orientação de seu desejo para com os homens, dificultando a via do mesmo sexo como “objeto causa do desejo”.Portanto, não é de estranhar o quanto esta ferida narcísica da menina pode levá-la a um desprezo de seu sexo defeituoso, ou à rivalidade e esfriamento dos laços com a figura materna. Para Freud, tais ressentimentos seriam compensados pelo desejo de casar e receber do pai um filho. Em síntese, no caso da menina, o complexo de Édipo é possibilitado e iniciado pelo complexo de castração. O pressuposto é de que o complexo de castração inibe a masculinidade e estimula a feminilidade. Tanto em Amo a Ti (original publicado em 1992) quanto em Speculum. Espéculo de la Otra: Mujer (original publicado em 1974), Irigaray considera a linguagem ou as leis culturais como responsáveis pela constituição do ser humano. Ela afirma que o Outro, a mulher, não é nada mais que a elaboração negativa do sujeito masculino, um reflexo lingüístico cujo resultado é o lugar do não-representável, da ausência, que o sexo feminino ocupa. Logo, o Outro de Beauvoir e sua única alternativa, o Mesmo, são categorias de representação fundadas no discurso masculino, que anula o feminino dentro do esquema falocêntrico, ou seja, exclui a possibilidade estrutural e semântica de um gênero feminino não-especular.O falocentrismo é um conceito elaborado para expressar a ideologia masculina que rege todo o nosso sistema de significados e reduz as duas categorias de gênero em apenas uma, na qual o homem é o referente universal.(Fonte: Irigaray e Homosexualidade)
CurtirCurtir
Acho que este é o meu caso… Havia lido sobre o assunto na graduação [em direito, imagine…] muito rapidamente e precisei rever. Gostei muito da explicação siplificada e tenho a oportunidade de procurar com mais especificidade agora.
CurtirCurtir
Entrei aqui p saber o que significava,mas eu ñ consigo imaginar que as mulheres trasnportam seus sentimentos para filhos e objetos com o desejo de ter um pênis.Que coisa doida esta psicanalise.
CurtirCurtir
Essa é uma visão material, masculina. A mulher ama o filho por valorizar o Ser; por senti-lo fruto do amor conjugal e não por senti-lo como algo
material, compensatório de algo que não possui.
CurtirCurtir
Marcia, é preciso sempre lembrar que as concepções freudianas (por mais que Freud o quisesse) não pretendem se constituir numa verdade última. Trata-se apenas de modelos de entendimento calcados no contexto histórico-cultural no qual forma gestados. Nesse sentido, o inconsciente, assim como a idéia de que a mãe encara o filho como compensação por sua falta de pênis, devem ser encarados como precipitados das condições existenciais da classe burguesa européia do século XIX e que, em alguma medida, se mantiveram até meados do século XX.
CurtirCurtir
Lucas, muito obrigado pela explicação simples que possui grande complexidade,exigindo do leitor muita disciplina. Fico feliz pela compreenssão. Continue com essa simplicidade Lucas. Obrigado ; )
CurtirCurtir
Cheguei nesse blog muito por acaso e gostei muuuito da explicação. Nao sei se é um ponto de vista seu ou desenvolvimento de estudo, mas muito interessante a um debate saudavel.
CurtirCurtir
gostei da explicaçao…mas as mulheres nao tem tanta necessidade de exibir os filhos como parte dessa compensaçao…encaro mais como uma realidade que so a mulher mereceu ter…por capricho da natureza…e uma situaçao dificil,ou impossivel de ser mudada.apenas aceita.abraços.
CurtirCurtir
Tenho lido alguns artigos sobre psicanálise e muito me preocupa a posição que o masculino ocupa neste campo. A questão fálica é um grande exemplo de tal condão do masculino. Pergunto-me se essa preponderância do homem não seria uma manifestação de nosso histórico de sempre valorizar o homem em detrimento da mulher e se já não é o momento de se pensar uma psicanálise “delas e deles”, uma psicanálise que valorize horizontalmente homens e mulheres, não reservando à mulher o lócus da passividade, apenas do desejo de possuir um falo, afinal de contas será tão necessário à mulher possuir um falo se ela possui atributos próprios?
CurtirCurtir
Lucas, adorei suas explicações. Faço psicanálise há 10 anos e nunca entendi o significado do falo, melhor, tinha essa sensação de que não poderia ser somente o pênis, mas não de forma tão organizada, como você explicou… O mundo precisa de Psicanálise, infelizmente as pessoas confundem com loucura…É uma pena!
Obrigada por essas explicações simples mas com um contúdo extremamente precioso…o saber.
Abs
CurtirCurtir
Olá,Lucas boa noite
estou cursando pós em psicopedagogia, e gostaria que você falasse um pouco sobre a aprendizagem formal à luz da contribuições da psicanálise, vivências narcisicas e édipicas, como se dá a castração, o que acontece com a criança que não aprende, como a psicanálise explica isso, ainda não compreendo bem o termo “falo” vou apresentar um trabalho sobre o tema quinta 25/11/2010 e estou com algumas dúvidas, pois o grupo que apresentou antes deixou muito claro o tema “falo” como ter o “poder”, e a professora complementou dando como exemplo que o grupo que apresentava tinha o falo, o poder de prender a atenção e que agora eles não tinham o falo mais, pois o falo pertencia a ela, que perderia o falo assim que o grupo voltasse a falar e não sei se entendi errado mas a sua explicação do falo é outra, poderia me esclarecer?. Obrigada Professora Berenice
CurtirCurtir
Olá Berenice! Seu pedido está anotado! Hoje mesmo volto aqui pra responder a sua pergunta sobre o falo.
Grande abraço e obrigado pela visita!
CurtirCurtir
Olá Berenice! Vou tentar então dar uma solução sintética às suas dúvidas. Isso que sua professora e suas colegas disseram é um equívoco bastante comum e que geralmente está relacionado a um conhecimento insuficiente ou uma dificuldade de entender a teoria lacaniana (o que não é raro). O falo não é uma bola de basquete que passa de mão em mão. Essa é uma redução grosseira do conceito. Para entender o que ele realmente significa, vamos retomar a razão pela qual Freud o criou e Lacan o desenvolveu. Freud pensou em termos de fase fálica e não de fase “peniana” porque o que estava em jogo não era o pênis em si mas sim a função que o pênis desempenhava como fator de comparação entre meninos e meninas e sua possibilidade de ser perdido na fantasia normal do menino. Quando o menino vê a menina ele começa a ter medo de perder o pênis, mas não pelo pênis em si mas pelo fato de que, se o perder, sentir-se-á incompleto, castrado. E a menina sente inveja do pênis porque entende (por comparação) que é ela quem está castrada. Ou seja, o essencial a ser compreendido do falo é que ele é uma representação da completude impossível. A possibilidade de perder o pênis já deixa o menino numa situação de falta e a menina por não ter o pênis se sente faltosa. Portanto, o que está em jogo não é o pênis, mas esse objeto destacável que estando em um ou em outro torna esse um ou esse outro completo e eu faltoso. Logo, não se trata de quem tem ou não tem o poder. Logicamente, muitas vezes quem se sente completo por imaginar possuir o falo, sentir-se-á poderoso, mas não necessariamente. O essencial é o brilho de completude que a imagem fálica traz. E tudo pode assumir essa significação desde que o sujeito o signifique com o atributo fálico. Por isso Lacan diz que o falo é o alvo de desejo. Toda vez que desejamos algo o investimos de uma qualidade fálica, de modo que o objeto adquire para nós imaginariamente o potencial de nos completar. Mas não é esse objeto que CAUSA nosso desejo. O que causa nosso desejo é justamente nosso furo, nossa falta que, para Lacan é essencial. É essa falta que na menina é encarnada pela ausência de pênis e no menino é encarnada pela possibilidade de perder o pênis o que torna o pênis o protótipo do objeto fálico. Não é aquilo que te dá poder, mas aquilo que te completa. Nós nos apaixonamos pelas pessoas ou porque tomamo-las como falo ou imaginamos que elas possuem o falo.
Não sei se expliquei muito bem, mas se tiver mais dúvidas, respondo com prazer.
Grande abraço!
CurtirCurtir
Pingback: 2 anos de Psicanálise, Psicologia, Filosofia, Saúde, Literatura… | Lucas Nápoli
Nossa, eu tenho medo de não saber do que vocês estão falando!! Meu Deus me ajude!!
De onde tiraram que as mulheres querem ter pênis?? Só se ela for transexual (FTM)!!
Além disso se todas quiserem ter um pênis, onde nós homens vamos penetrar??
Tudo que eu queria saber era esse tal “falo” aí, é real? é físico? Ou é uma coisa imaginária? Porque se for imaginário, realmente não existe!!
“Menino tem medo de ser castrado, menina sente INVEJA do menino porque já nasce castrada” Quanta estupidez!!!!!
CurtirCurtir
Lucas, parabéns pelo blog e pela forma clara e objetiva da sua escrita, isso é pra poucos. Mike, a estupidez está na negação sem reflexão, e às vezes a reflexão dura a vida toda. Tudo pode vir a fazer sentido um dia. Como diria roberto Carlos … “sua estupidez não te deixa ver …” Abraco a todos.
CurtirCurtir
Olá Danilo! Muito obrigado pelo comentário!
Gostei também da sua réplica ao Mike…
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
Viamão/RS. (Gr. POA), 16 de maio de 2011.
Caríssimo Lucas Nápoli:
Importantíssima sua matéria sobre a ciência psicanalítica, oportuniza a milhares, inclusive, a mim entender um pouco da tricotomia a nós dada pelo Criador. Oportunamente, estarei presente em seus tão bem e elaborados ensinamentos quer sejam sob o prisma científico, quer sejam, sob a ótica cultural. Seja tua existência, assim como, a dos teus queridos familiares, repleta de… saúde, graça, a paz do Cristo Senhor !
Luiz Sérgio de Mello
Thb, Filósofo, Professor
CurtirCurtir
Olá Luiz Sérgio! Seu comentário me deixou muito feliz! Será um prazer tê-lo sempre por aqui!
Um forte abraço e que o Deus que nos ensinou o essencial em Cristo te abençoe!
CurtirCurtir
Parabens pela explicação. Só com suas palavras consegui entender melhor. A partir de hoje, passarei sempre por aqui. Abraços
CurtirCurtir
Olá Paula! Que bom que pude te ajudar!
Apareça sempre mesmo!
Grande abraço!
CurtirCurtir
Olá, tudo bem?
você nem imagina o quanto esse assunto está me fazendo refletir em várias coisas. Eu tenho 54 anos, somente agora resolvir me graduar, estou amando, porque estou tendo conhecemento de fatos que nunca ouvi falar na minha vida, essa questão do “falo” é uma delas, pode ter ceteza que eu vou te procurar muito. abraçãooooo
CurtirCurtir
Olá Francisca! Que ótimo saber disso! De fato, a entrada no curso de psicologia desbrava um processo de autoconhecimento que se desenvolve na análise propriamente dita de cada um. Espero que os textos do blog contribuam para o seu processo de aprendizado e autoconhecimento!
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
O pênis seria, naquela época, a materialização do falo, depois desqualificado como tal (o pênis). O menino acredita ‘ser’ o falo, destino de toda a catexia materna; a menina acredita buscar ‘ter’ o falo, do ser perfeito que o tem, seu pai. O filho seria, para algumas mães, também uma materialização do falo, até o momento em que o enamoramento se rompe, pela perda do significante.
O homem ser mais que a mulher é, ao mesmo tempo, verdadeiro e falso, dependendo de como cada um se deixa seduzir pela analogia com os genitais. Nesse caso, lembrar que nem +1 nem -1 correspondem à resposta que se procuraria.
A confusão do falo como um símbolo de poder. Nessa imagem, o poder seria um fetiche do falo, resultado do deslocamento do desejo da complitude pelo amor total, para o subjugo de todos pelo poder total.
Outra materialização do falo seria o Outro, que também proporcionaria o estado de complitude.
O efeito muito real e muito forte desta aproximação do falo pode ser verificado nas paixões da adolescência, em que se acredita ter encontrado Ele, ou Ela.
CurtirCurtir
Pertinentes apontamentos, Bruno!
Apareça sempre!
Forte abraço!
CurtirCurtir
Excelente explicação – fácil de entender!!
CurtirCurtir
Olá Lucas,
Parabéns pela sua facilidade em colocar os conceitos e obrigada por vc não sentir necessidade de tornar a psicanálise algo indecifrável.
Gostaria de te pedir um acréscimo. Entendo que o falo é a ilusão de algo que nós completa, mas quase que como consequencia, me parece que qdo encontramos algo que nos completa nos sentimos poderosos, algo quase como: encontrei a fórmula da felicidade !! Fica então difícil de separar o conceito de falo = poder. Acho que por isso tantas pessoas confundem. Me dá um exemplo, para que eu consiga separar de alguma situação em que alguem encontra momentaneamente seu objeto fálico e não se sente poderoso…
Um abraço,
Valéria
CurtirCurtir
Olá Valéria! De fato, o que você disse é bastante pertinente e, até por conta disso, fica difícil dar algum exemplo sem que se possa dizer que o sujeito não tenha se sentido “poderoso”. Penso no exemplo simples da mãe com o seu bebê. Muitas mães se sentem “poderosas” quando estão grávidas, mas trata-se de uma consequência secundária. O sentimento imediato e essencial é o de completude. A mulher se sente plena e pode se sentir poderosa (o que não é uma regra).
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
certa vez uma certa senhora conversando falou: ” pois é. Eu já tinha falo pra ela” então isso me despertou a curiosidade- FALO!!!???- já tinha estudado sobre falo e sabia que não era do verbo falar, então fui rever o termo para tirar minhas conclusões e realmente eu estava pensando certo, ela é que se expressou errado.
CurtirCurtir
Parabéns pela explicação. Tudo que queríamos.
CurtirCurtir
Lucas, a forma como você colocou os exemplos para justificar o falo são muito conservadores e tendem a naturalizar o lugar do homem e o da mulher na nossa sociedade… Se todos somos seres faltantes, não há nenhuma especificidade no fato de os homens gostarem de competir entre si ou tentarem pegar a mulher mais bonita do colégio, pois as mulheres, sendo também seres faltantes, poderiam fazê-lo da mesma forma; mas, ao invés disso, você coloca o maior exemplo da conquista fálica da mulher como ter um bebê. Não estou negando nada disso, mas tende a naturalizar, pois o modo como o falo virá a ser encarnado em algum objeto será determinado socialmente. Outra coisa, você coloca o seguinte: “Então, senhoras e senhores, para a mulher é como se com o filho ela estivesse tendo uma recompensa por ter nascido sem pênis”. Acho que isso é um sintoma da confusão entre falo e pênis, que você tomou tanto cuidado para não cometer. Se estamos falando de pênis, estamos falando de algo real; se a mulher deseja um bebê, ou seja, é faltante porque nasceu sem pênis, o homem é faltante por quê? Enfim… outra coisa, você disse em outro post que o falo não pode ser pegado nem tocado, pois é um objeto imaginário, uma representação que só existe na nossa cabeça… sendo assim, como pode o filho ser um falo? ou um carro? ou uma mulher bonita? etc.?
CurtirCurtir
Olá Oliver! Muito obrigado pelo comentário!
Creio que o núcleo de seus questionamentos é bastante pertinente. Mas, se utilizo exemplos “conservadores” é porque a própria ideia de “falo” o é! No texto dedico-me apenas a explicar o conceito. Quanto ao seu valor teórico e ético tenho sérias questões.
Em relação às suas questões sobre a natureza imaginária ou real do falo, acredito que para respondê-las eu precisaria publicar outro texto.
De todo modo, continue acompanhando o blog!
Um forte abraço!
CurtirCurtir
Boa Tarde Lucas, uma dúvida:
Se o homem já possui o pênis que, em seu inconsciente, tem a representação do Falo, ou de Poder, ele já deveria se sentir completo, mesmo sentindo o medo da castração.
Então por que o homem não se sente completo neste sentido, e continua buscando outras representações de Falo, como carro novo, empregos melhores etc ?
Obrigado, até mais !
CurtirCurtir
Olá César! Obrigado pelo comentário!
De acordo com Freud e Lacan, o falo é para o homem, tanto quanto para a mulher, um objeto virtual. No caso do homem, um objeto que pode sempre ser perdido… Daí a necessidade do homem de “reassegurar-se” o tempo todo de que o possui.
Continue acompanhando o site!
Um forte abraço!
CurtirCurtir
Beleza Lucas, lí com mais atenção e agora acho que entendí. O Falo assume representação de Completude.
O homem busca se assegurar dessa completude, pois tem medo de perde-la (medo da castração)
E imagino que a mulher sempre busque novo objetos que assumirão essa representação de completude, por causa da inveja do pênis.
Obrigado, até mais !
CurtirCurtir
Olá Lucas, sou estudante de psicologia e meu trabalho de conclusão de curso é sobre a construção psíquica da diferença sexual, meu segundo capítulo tenho que falar sobre o falo e foi por esta razão que vim parar na sua página, confesso que estava tendo muitas dúvidas em relação ao conceito de falo, mas ao ler sua explicação ficou claro para mim, no entanto acho que ficou claro no ponto de vista de Freud em Lacan o conceito de falo não está claro pra mim, será que tem como você me falar do ponto de vista de Lacan? Obrigada e parabens!
CurtirCurtir
Gostaria que você falasse do falo na visão de Lacan mais detalhadamente, pois sei que o mesmo encara o falo de uma maneira diferente que Freud.
CurtirCurtir
Olá Lucas
Gostei muito de sua explicação.
Estou fazendo terapia à dois anos. Numa reunião na escola em que trabalho como professora, lemos um texto que falava sobre o falo. O autor dizia que os pais costumam considerar o filho como falo
mas deveriam considerar um ao outro como sendo o falo. Depois desse tempo todo de terapia, entendo que deveríamos procurar a completude em nós mesmos, e não no companheiro(a). Meus colegas não concordaram. Oque você acha?
Obrigada.
CurtirCurtir
Realmente me ajudou bastante pois estou no primeiro ano de psicologia e tenho de apresentar um seminario de filosofia sobre um livro de uma psicanalista q usa muito esse termo sobre “falo” e obviamente q ainda demorarei no curso pra entrar nesta questão. Ainda não será exigido de mim tal sabedoria porém pra entender o livro suas explicações foram bastante esclarecedoras. obrigada.
CurtirCurtir
É muito bom saber que o texto lhe ajudou, Flávia! Esse é meu objetivo primordial: contribuir para o esclarecimento dos conceitos psicanalíticos.
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
eu compreendi q o falo que se fala é o estado de competitividade do homem, pois diferente, a mulher nasceu faltando alguma coisa, o homem por outro lado ja nasceu compreto. com q se diz o falo do homem e o penis, coisa que as mulheres nao tem.
CurtirCurtir
A a sua explicacao de falo parece que está muito mais ligada a noçao de completude. Lacan diz que que o falo é “o significante fundamental atraves do qual o desejo se faz reconhecer” ou ” um simbolo dessa margem que sempre me separa de meu desejo.” Nessas 2 frases eu entendo coisas opostas pois parece q na primeira ele fala de completude e na segunda fala de obstaculo a completude. Vc poderia me dar uma luz para entender essas frases ?
CurtirCurtir
Olá Sonia!
Muito obrigado pelo comentário!
Acredito que devemos desistir de buscar uma completude, seja nos outros, seja em nós mesmos… rs
Forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
Olá Cris! Nesta explicação meu ponto de partida é justamente a concepção lacaniana de falo. Faço uma articulação entre as ideias de Freud e as de Lacan sobre o tema. Releia o texto (incluindo as duas primeiras partes) e você perceberá isso.
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
Olá Cristina! Acho que já lhe respondi no comentário anterior!
Fico muito feliz em saber que o site contribuiu para a realização da sua monografia.
Um forte abraço!
CurtirCurtir
Olá Rodrigo. Sugiro a você que releia o texto (incluindo as partes anteriores). A minha explicação esclarece justamente essa visão equivocada do conceito de falo que você diz ter compreendido.
Um forte abraço e apareça sempre!
CurtirCurtir
Olá Aécio. A fim de que eu não cometa nenhum equívoco ao tentar interpretar o que Lacan quis dizer nessas frases, peço a você que me forneça as referências de onde elas se encontram para que eu avalie o contexto geral em que elas se situam. Nos textos lacanianos isso é imprescindível, dado o caráter hermético de suas falas e escritos.
Aguardo, portanto, as referências.
Um abraço!
CurtirCurtir
Uau!!
CurtirCurtir
estou lendo um livro que trata do assunto. o debate aqui só me enriquece. obrigado.
CurtirCurtir
Muito obrigado pelo comentário, Mosh! Apareça sempre! Grande abraço!
CurtirCurtir
Impressionante como o debate nos “prende”, sou engenheiro civil e extremamente leigo em psicanálise. Parabens Lucas!
CurtirCurtir
Oi, Lucas. Poderia discorrer um pouco acerca da relação entre falo e objeto a?
CurtirCurtir
Olá Amanda. Procure aqui no site o meu artigo explicando o conceito de “objeto a”. Acredito que poderá te ajudar bastante a esclarecer suas dúvidas.
Grande abraço!
CurtirCurtir
Que surra hein Lucas para explicar o conceito de falo! É muito difícil mesmo de as pessoas entenderem, me surpreenderia se elas entendessem logo, por isso resolvi dar aqui minha contribuição:
Podemos usar a indissociável analogia entre objeto e sua sombra diante de uma fonte luminosa, ao acreditar ter o falo (pênis), instantaneamente ocorre a idéia de não se ter o falo ( sombra ). Ora como o homem vê que tem um pênis na mesma hora vem a idéia embutida de não o ter ( sombra). Na mulher como ela vê que ela não tem um pênis, vem na mesma hora a idéia de que ela não tem o falo (sombra), que é a sombra desse mesmo pênis.
Pênis é o ter. sombra do pênis é o não ter. Falo é ter/não atemporal e inconscientemente.
CurtirCurtir
Descobri que tenho TESÃO E DESEJO quando meu namorado olha para outra mulher, imagino os dois,principalmente ele penetrando.será que isso tem haver com o falo tão discutido aqui.Será que queria ser um pênis? ou ter um pênis?
CurtirCurtir
bem legal mesmo, mais ainda estou com duvida sobre o falo imaginário e o simbólico!
CurtirCurtir
Olá Valéria! Em primeiro lugar, fico contente por saber que você se sente tão confortável aqui a ponto de compartilhar comigo algo tão íntimo. Penso que uma análise vai lhe ajudar imensamente mais a compreender sua fantasia do que meu humilde (e teórico) texto. 😉
Grande abraço!
CurtirCurtir
Olá Jarlane! Você poderia especificar a sua dúvida?
Um abraço!
CurtirCurtir
Parabéns, Lucas, pela maestria em explicar conteúdos complexos, com simplicidade e profundidade!! Estou aprendendo bastante!
CurtirCurtir
Valeu Eliete! Obrigado pelo prestígio!
CurtirCurtir