[Vídeo] Psicossomática e Psicanálise III: Sigmund Freud

2 comentários sobre “[Vídeo] Psicossomática e Psicanálise III: Sigmund Freud

  1. Bom dia Lucas,

    comecei muito bem meu dia assistindo a este vídeo. Claro, tive alguma dificuldade em acompanhá-lo; mas, o que pude assimilar é que Freud primava pela separação entre doença psicossomática e doença da “neurose atual” – ou seja – aquela na qual o paciente estava vivenciando um sofrimento causado pelo que acontecia naquele momento; o que nada tinha a ver com os males causados pelo inconsciente. Este, dispunha de um mecanismo que conseguia separar a pessoa da própria pessoa, e este mecanismo criava então o tal corpo imaginário; que este sim, sofria do que ele guardava lá no fundo da gaveta do inconsciente.
    Porém, eu lhe pergunto, o que Freud pensava ou que olhar ele lançava ao meio formador do indivíduo enquanto agente desta neurose atual? Seria para ele o paciente alguém totalmente aleatório aos acontecimentos do seu cotidiano. Pergunto isto porque se a esta que ele chamou se neurose atual estivesse relacionada com algo mais profundo, mais antigo, como detectá-la? Não foi um tanto simplista dividir que uma fora gerada de uma maneira psíquica e outra da materialidade do momento?
    Abraços meu amigo e sigamos na luta “because, the book is go on!”.

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  2. Lucas Nápoli

    Olá Tânia!!! rsrsrs “The book is go on!” rsrs Vamos lá, então, às suas perguntas:
    Freud utilizou muito pouco a noção de neurose atual. Para ele se tratava de algo mais ou menos assim: o indivíduo tinha desejo sexual. Em função de determinadas contingências, como coito interrompido, falta de parceira sexual, prolongamento das preliminares, esse desejo não era descarregado, digamos, “no tempo certo”. Então, a parte orgânica da libido permanece acumulada no corpo e se torna tóxica (o mesmo processo acontece quando uma pessoa fica longos periódos sem urinar – isso pode gerar cálculos renais). No caso, em vez de cálculos renais, a libido gera sintomas físicos como dor de cabeça, taquicardia, irritação em determinado órgão, etc.
    Portanto, na visão de Freud, a neurose atual estava relacionada apenas a fatores da vida sexual atual do indivíduo, não tendo relação com sua história de vida. A rigor, do ponto de vista de Freud, tanto neuróticos quanto pessoas psiquicamente saudáveis poderiam experimentar uma neurose atual em função das contingências citadas.
    É nesse ponto que eu concordo com você que talvez Freud tenha sido simplista. Talvez a eclosão de uma neurose atual, embora tenha como gatilho uma insatisfação sexual na vida atual, conte coma contribuição de fatores psíquicos para se desenvolver.
    Um grande abraço! Espero ter respondido a contento!

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